domingo, outubro 19, 2003

Dúvidas e questões

Acontece tanta coisa que eu gostaria de postar por aqui, mas quase nunca é possível. Talvez seja paranóia minha, mas fico sempre preocupada com as conseqüências futuras.

Um bom exemplo disso é a minha passagem pelo BMF, para quem não se ligou Brasília Music Festival. Queria tentar contar os detalhes do festival por aqui, mas a nóia não deixou. Fui até lá a trabalho e, como mercado é pequeno, existe concorrência. Nesse caso o segredo é a alma do negócio. Tudo bem que todo mundo sabia da existência deste festival, mas q existiria uma cobertura já é um outro estágio do conhecimento.

E assim passou. Passou o festival, passou minhas aventuras nos bastidores e minha batalha contra o ar seco de Brasília. Na lembrança ficaram apenas o áudio perfeito do show do Simply Red, o mais incrível que já ouvi depois do Roger Walters na Apoteose, a emocionante e histórica apresentação do Capital, Chrissie Hynde rebolando e todos os gringos perguntando pelo Lula. Acreditem se quiser, nosso presidente agora faz parte da lista de preocupações dos gringos logo depois do futebol.


Tirando onda na house mix.

domingo, outubro 12, 2003

A ignorância é mesmo uma dádiva!

Pode parecer estúpido dizer algo assim, mas as coisas são considerávelmente mais fáceis quando não se tem noção da real importância que têm ou da extensão.

sexta-feira, outubro 10, 2003

Sobre as lágrimas

Sentia-se então especialmente triste naquele momento. Chegara ao ápice de uma dúvida que há dias amargava sua boca e seu coração.
Eram as lembranças que lhe cutucavam de leve que agora afloraram finalmente. Todas vieram à tona e, como de costume, ficou ali a contemplar pacientemente uma a uma. Olhares, toques, palavras, gestos, odores, gostos, cores, sons.
Nem mesmo os olhos ensopados de lágrimas pareciam incomodar. Ficou ali por horas, parada, olhar perdido, lágrimas rolando pelo rosto, peito dolorido de tanta saudade.
Sim, ainda existe alguma coisa, de alguma maneira ele ainda vive. Talvez amor, talvez mágoa, não importa muito como pode ser nomeado tal sentimento, é fato que ainda está ali, no mesmo lugar onde ele deixou quando decidiu partir.
Onde está a chave do seu coração quando vc precisa dela?

quarta-feira, outubro 08, 2003

É simplesmente horrível ser traída por seus próprios pensamentos.
Aquele velho conflito razão X emoção nunca esteve tão em voga por aqui. Tô ficando preocupada com isso.
Visões do futuro

Nas últimas semanas venho descobrindo como é dura a vida de quem já faz parte da terceira idade. Não ter força nos braços para sustentar o peso do próprio corpo, não conseguir andar com rapidez, mesmo que suas pernas lhe pareçam sadias. Correr? Nem pensar, seu coração pode não agüentar.

De alguma forma sempre convivi muito com idosos e seus problemas. Nem de longe me aproximaria de uma Dóris, personagem polêmica criada por Manoel Carlos q odeia idosos, da vida. Mas é muito estranho sentir na própria pele como eles se sentem. Até perder ônibus eu já perdi!

Explica-se:
Meu prolapso da válvula mitral resolveu me importunar mais uma vez limitando minha vida de pessoa aparentemente normal.

domingo, outubro 05, 2003

Aniversário do dia



O que dar de presente para uma moça q veio dos Andes?
Eu sempre quis ter uma lhama, e isso me parece muito pertinete neste momento.
Moça dos Andes, te presenteio com uma lhama fofinha. Espero q ela goste de morar em Copa tanto quanto vc:-)
Três horas sentada na frente do computador colocando minhas leituras online em dia e mais uma hora em busca de receitas com carne de soja.
Ventos da mudança?!?!?

sábado, outubro 04, 2003

As diferenças entre talento e repertório

Hoje fiquei pensando insistentemente nas injustiças musicais q cometemos freqüentemente. Acordei cedo e lá estavam na TV, no SBT é claro, as cinco meninas do Rouge. Podem torcer o nariz, eu mesma já fiz isso uma vez.O tal Rouge, para quem não sabe, é, na minha mais humilde opinião, um dos poucos projetos bem sucedido da TV brasileira dos últimos anos de baixaria generalizada. Justifico: as meninas tem talento, tem um passado. Algumas cantavam em bares na noite, outras em grupos de serenata e bandas de bailes. Tirando uma outra q parecem ser bem nascidas, aparentam uma origem humilde. Estudaram, trabalharam, se sustentaram, viveram e apostaram em uma coisa q parecia loucura: participar de um programa de TV p/ formar um grupo de música teen. Lamentável fim, pensava no sofá da minha casa enquanto ouvia, e via, as meninas na TV interpretando “King of pain”, do Police, “Black Bird Fly”, de John Lennon e Paul McCarteney, “I’ll survive”, Gloria Gaynor, e “Segue o seco”, gravado por Marisa Monte, a capela ou acompanhadas apenas por um violão, tocado por elas mesmas. São incrivelmente afinadas, seguras. Cinco timbres diferentes, cinco estilos diferentes empacotados em um repertório ruim, adolescente. Um desperdício!

O motivo de toda esta reflexão veio lá da redação. Depois de ser ridicularizada por declarar minha admiração pelo Pedro Mariano, ouvi da boca das próprias inquisidoras que adoraram tal faixa do disco novo do rapaz. E com a desculpa de ouvir tal faixa, escutaram todo o CD e chegaram a admitir, muito disfarçadamente, que o rapaz canta direitinho.

Sim, ele canta bem, eu digo com a segurança de quem acompanha a carreira do menino desde o primeiro trabalho. O q estraga é o repertório. O Pedro é exigente e cuidadoso, tem ouvido educado, é baterista e perfeccionista. Entende de áudio e de música. No palco mexe na posição dos microfones, dá palpite nas introduções da guitarra, no tempo do baixo, na digitação do tecladista... Mas para escolher repertório o cara é complicado. Eu acredito q é uma opção dele, um caminho q encontrou para formar um público mais fiel, talvez. As musicas românticas que beiram o brega sempre povoam seus CDs, mesmo com ele cantando bem. Complicado para quem não tem paciência de ouvir além da letra. Assim se cometem as injustiças musicais.

quinta-feira, outubro 02, 2003

Por Deus! Alguém ai já viu a Lara Croft dando um soco no “nariz” de um enorme tubarão, só para pegar uma caroninha até a superfície? Quanta crueldade....

quarta-feira, outubro 01, 2003

Q noite badalada

Fui ao Canecão ver meu queridinho Pedro Mariano cantando. A novidade estava em seu ilustríssimo acompanhante. Ao piano César Camargo Mariano, pai e parceiro neste novo projeto. Sou obrigada a admitir, César fez Pedro ficar melhor musicalmente. O cara (César) é mesmo uma unanimidade!!! Esteticamente bonito, simpático, cuidadoso e muito agradável para os ouvidos. Certa vez entrevistei um músico que quando começou a tocar ganhou o apelido de Cesinha, de tanto ouvir o César tocar e assimilar seu estilo. Esse músico hoje toca teclado na gig do Prince. Não o meu cachorro, mas o pop star, ex Mister Symbol.

Histórias à parte, foi incrível ver o César tocar no palco do Canecão. E este trabalho, Piano & Voz, novo CD do Pedro Mariano que o paizão, César Camargo Mariano como músico, arranjador e co-produtor, está impecável

A noite não terminou aí, saindo do grande caneco parti rumo ao Ballroon. Era noite de Reggae B e prometia uma participação do Paralamas do Sucesso, os dois q sobram, já q o Bi já faz parte da banda principal da noite. Foi minha primeira experiência com Herbert Vianna depois do acidente, é muito estranho. Tem aquele tom de milagre: “puxa o cara ta vivo”; “nossa, ele consegue tocar!”; “gente, ele ta cantando de verdade!”.

Na verdade fiquei confusa. Lembrei dele dançando no palco imitando o Renato Russo, ele magrinho fazendo pose de galã nos videoclipes, solando nos shows, cantando, sorrindo, livre, independente. Vê-lo preso na cadeira com alguém sempre perto, tocando e olhando para os lados para ver se tem alguém para arrumar a guitarra, abaixar o microfone, cantando uma música atrás da outra sem brincar com a platéia. Não sei se estou feliz.
Definitivamente este aqui é o lugar mais chato da grande rede!!
Desculpem leitores ocasionais, mas esta é a prova do meu relaxamento. Nunca fui boa com compromissos rotineiros, isso inclui os blogs, em primeira instância. Entenderam?