quarta-feira, agosto 06, 2008

Mensagem subliminar do dia:

My body is a museum

Da série auto-análise – A Ansiedade

De zero a dez eu qualificaria a ansiedade um problema de grau oito. Sim, muito grave!

Nos encontramos ao acaso, foi ótimo. Batemos um papo nota dez. Claro que quero mais, mas porque tem que ser para ontem? Me pediram uma ajuda, beleza. Tenho dois contatos que podem resolver, mas para que preciso mandar dez emails para mais dez pessoas falando à respeito?

Ainda não entendo bem os mecanismos da ansiedade. À primeira vista parece uma coisa gerada pela falta de coisas para fazer. Tipo ócio, tempo livre. A pessoa fica com a cabeça livre para pensar excessivamente em determinado evento ou se aplicar demais em alguma tarefa nova. Pode até ser, mas nem sempre é assim. Já me peguei inúmeras vezes fazendo mil coisas durante o dia (mosaicos, bordados, crochê, limpeza, brincando com o cão) e com uma idéia fixa na cabeça a ponto de checar o email via WAP a cada 15 minutos! Particularmente a ansiedade é uma vontade extrema de passar logo para a próxima página, a próxima etapa, o próximo evento. 

Dizem por aí que a ansiedade é gerada por uma mente acelerada. Faz sentido. Tanto que, imediatamente após escrever essa frase, eu já formulei uma conclusão fantasiosa: “preciso de freios ABS cerebrais”.


terça-feira, agosto 05, 2008

Mensagem subliminar do dia:

"Não precisa ser de novo assim tudo igual"

Enquanto isso em Paris....

O metro parisiense lançou moda na Europa ao oferecer aos seus passageiros a possibilidade de um segundo encontro. A empresa elaborou um site onde é possível deixar recados para aquelas almas solitárias que se esbarram nos vagões e plataformas a toda hora.

Desde o seu lançamento, em fevereiro de 2007, o site já registrou cerca de três milhões e cem mil mensagens. Um número significativo para quem gosta de analisar a personalidade das sociedades. Isso pode significar, por exemplo, que os parisienses são mesmo muito românticos e não resistem aos apelos de uma troca de olhares. Ou ainda que o desejo de contato humano está aumentando frente às facilidades das conexões virtuais. Ou simplesmente é mais uma oportunidade para as pessoas fazerem sexo. O que, segundo um amigo muito próximo e respeitado pelas suas visões polemicas da vida, é o objetivo principal de qualquer ser humano (humpf!).

Os recados deixados no site ilustram bem o parágrafo acima. São encontros furtivos: “Às 3, na S41: você desceu, usava uma sexy calça preta e blusa vermelha, cabelos loiros e longos. Desviou da minha bicicleta. Não penso em mais nada além de você.”; “3 horas. Embarcou na Lepoldplatz. Muito provavelmente você é árabe, usava um short azul da Nike. Achei você muito doce. Dê um sinal”. Alguns marcantes; “Quando as portas se fecharam, eu cai encima de você. Pisei no seu pé, minha bolsa caiu e você me ajudou a recolher as cenouras e tomates. Eu sai te olhando nos olhos, sem dizer nada”; “Você me ofereceu o lugar. Depois ficamos os dois de pé. Você acariciou minha mão. Desceu em Châtelet, e eu na Rer”. E aqueles que tiram o sono há tempos: “Te observo há algumas semanas quando vai para o trabalho. Desce na Auber, linha 9. Sentamos perto muitas vezes. Você já me notou?”.

No site, Paribulle, é possível deixar os recados públicos ou particulares, com fotos ou não. E a novidade já desembarcou com sucesso também em Berlin. 

A brincadeira parece ser bem divertida. Até eu que quase nunca pego o metro já tive vontade de rever um tipo interessante que dividiu o mesmo vagão comigo por alguns minutos.


segunda-feira, agosto 04, 2008

Deu no jornal (edição de hoje!)

Uma mãe permite que seu filho de dois anos seja fotografado com cigarro na boca um revólver calibre 38 nas mãos. As fotos estavam no celular dela que, depois de presa, disse não entender a gravidade da coisa. Outra mãe matou o filho de 35 dias asfixiado. O pai chegou em casa e a encontrou dormindo de bruços por cima do bebê. A mãe admitiu ter ingerido um pouco de bebida alcoólica antes de amamentar o bebê. A policia encontrou duas garrafas de cachaça vazias na casa. E uma família esqueceu a filha de três anos numa loja de um aeroporto. Só se deram conta do ocorrido depois que o piloto anunciou que uma criança fora encontrada. Isso depois de 45 minutos de vôo.

E tem gente que ainda acha absurdo uma escritora escrever um livro com 40 razões para não ter um filho.


Pensamento da madrugada

As pessoas que estão ficando vazias ou eu que estou precisando que elas me dêem muito mais?

domingo, agosto 03, 2008

Da série Coisas Que Eu Detesto

Odeio quando eu vejo um filme e não entendo nada! Acabou de acontecer com The Life Before Her Eyes com a Uma Turman.

Se você viu, por favor, me explique!

sábado, agosto 02, 2008

Fato do dia

Hoje, mais uma vez, tentei ser virtualmente outra pessoa. Mas não um outro avatar numa segunda vida, um outro nick de IM. Tentava ser ousada, mau criada, irônica do tipo desagradável, ácida. Sei lá, acho que queria ser virtualmente má, do tipo que diz: “você vai ficar fazendo essas perguntas chatas o tempo todo?”. Eis que eu estava bem no meio da brincadeira e apareceu uma pessoa legal, inteligente e com um papo ótimo. Meu personagem ficou tão sem graça que eu perdi a vontade de brincar. Pedi para a pessoa legal esperar um poquinho, desliguei e voltei com meu nick real. O de pessoa normalmente educada, cordial, certinha, chata. Ele não entendeu nada, mas de tão legal nem questionou muito. Enfim, fiz um novo amigo virtual lá no velho continente, mais um. E assim meu dia ficou mais feliz;-)
Como diria o Orkut: "Enlarge your circle of friends":-)


sexta-feira, agosto 01, 2008

Mensagem subliminar do dia:

Porque mesmo os oceanos dividem os continentes?

Passado, presente, futuro

Dizem por ai que para entender o presente é preciso estudar o passado e para ter um bom futuro o presente precisa ser trabalhado. Ando meio obcecada com esta idéia nos últimos dias. To tentando entender como eu vim parar aqui, nesse presente estranho. Já que um presente estranho pode significar consideravelmente um futuro bizarro.

Talvez seja por isso que dia desses assisti um filme que não via desde minha adolescência e de cara identifiquei um problema: eu sempre escolho o cara errado! No filme, St. Elmo’s Fire, são quatro personagens masculinos com personalidades e estilos completamente diferentes. Um obcecado, um romântico, um louco e outro normal. Eu passei anos cultuando o tipo louco. Tinha um pôster dele na parede do meu quarto. Ele tocava sax, era sex e ficava com todo mundo. Fala sério! Agora percebi, o tipo romântico era o certo. Ele passou anos sem ficar com ninguém porque se apaixonou perdidamente pela namorada do amigo. E quando eles terminam e ele tem finalmente sua chance, se declara. Uau! Isso é muito mais a minha cara.

Na minha ficha corrida tem um ou outro tipo normal e vários tipo louco, mas nenhum tocava sax:-( Passei batida pelos tipo romântico. Acho que isso é um problema.