Finalmente finito
Eu quis tanto vê-lo aqui na minha casa... Hoje, quando ele entrou, eu só pensava em tirá-lo daqui, assim, como num passe de mágica.
Finalmente finito
Eu quis tanto vê-lo aqui na minha casa... Hoje, quando ele entrou, eu só pensava em tirá-lo daqui, assim, como num passe de mágica.
Sobre a morte das borboletas
A felicidade dela por vezes podia ser sentida no estômago. Assim era sempre fácil perceber o nascimento das borboletas a cada pequena alegria que ele proporcionava. As primeiras surgiram meio por acaso. Ela não queria se envolver de verdade com ninguém, muito menos com ele a quem julgava tão interessante. Sabia que corria riscos por ainda não se sentir pronta, curada, completa. Mas, manter o controle das suas emoções, sempre tão rebeldes, não era tarefa das mais simples.
E foi, se deixou levar pelos gestos gentis, algumas palavras doces que volta e meia escapavam da boca do rapaz, sempre muito atento as suas vontades. Como resistir?
Jogou a toalha quando o viu junto aos amigos, o quanto ele era querido por todos. Isso fez a diferença. Na mesma noite ele investiu pesado e se fez irresistíveis aos sentidos da moça. De olhos fechados podia ver os insetos coloridos que já voavam, ficticiamente, fazendo cócegas nas alegres paredes do pequeno estomago. A revoada cresceu nos dias que seguiram.
Algumas poucas semanas depois já não era mais tão perfeita a história. O rapaz já não se mostrava tão gentil e atento. Porém, quando questionado e discurso permanecia o mesmo. E ela sempre crédula nas palavras, resolvei ignorar os fatos.
Mais algumas semanas e veio a terrível morte da primeira borboleta. Contrariando toda sua história pessoal pregressa, a moça desviou todo o seu dia para preparar uma surpresa para ele. Descobriu a localização exata de um tal lugar onde vende uma das iguarias preferidas dela. Se pôs a esperar pela preparação durante mais de uma hora. Para mais tarde ser surpreendida com um simples “não quero isso”, rudemente.
E assim foi. Utilizando essa mesma tática, o rapaz, outrora gentil e atencioso, foi exterminando todas as borboletas que fez nascer durante sua fase de conquista. Não eram poucas, pois, por elas, a moça resistiu meses a fio. Sempre crédula de que tudo não passava de uma fase, como o rapaz costumava dizer quando era questionado por seus atos insanos.