terça-feira, agosto 28, 2007

Meus julgamentos, sempre tão cruéis...

Eu cometo pecados...humanidade é isso ai! Dá até um alívio perceber que não há muito de divino em mim, uso isso para justificar as pedras em meu caminho (sempre muitas ao meu ver). Afinal, para todo pecado existe um castigo.

Então foi assim, julguei uma pessoa. Odeio quando faço isso, mas eu sempre faço. A conseqüência é imediata: percebo o erro e logo me condeno. Nem me dou ao trabalho de justificar, assumo e fico lá...remoendo aquilo por horas, dias até. “Sua burra!”, “Como pode ser tão estúpida e cruel?”, “Você é mesmo péssima”, diz, na versão publicável, minha consciência para mim. Acredite, ao vivo é muito pior.

Há quatro dias que isso me atormente noite e dia. Hoje então cheguei ao ápice. Vi o quanto realmente fui cruel. Entendi, finalmente, os motivos que levam tal pessoa a agir assim, ao meu ver, descomprometido demais, desleixado demais, sem uma gota de amor pelo que faz.

Passei toda a manhã preparando um esquema legal. Uma coisa bacana mesmo. Perdi horas traçando estratégias, metas... Já passava das 13h quando apresentei, orgulhosa e animada, o resultado da minha proposta. O balde de água fria não tardou. Algo em torno de dez parcos minutos e tudo estava destruído. Pior do que ter seu projeto recusado e vê-lo reduzido a pó.

Voltei para minha mesa totalmente descomprometida, desleixada e sem uma gota de amor pelo que fiz. Ah, sim, claro, mais arrasada ainda do que o meu réu de quatro dias atrás. Afinal, ele foi absolvido e eu? Ah, eu ainda vou me condenar pelos meus erros por mais uma pá de tempo.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Coisas de meninos

Não importa a idade cronológica, representantes do sexo masculino quando em bando (mais de três para mim já é um bando) são sempre meninos bobos.

Eram seis no total, cada um com seu cada um. Deferentes no jeito, na idade, no estilo. E eu, como sempre, a única menina que acaba virando a atração. É engraçado observar como cada um tenta chamar a atenção para si. No caso, a minha atenção. Mas em bando isso se torna uma tarefa difícil, por vezes ingrata. Qualquer deslize vira piada e o cara, se não for “safo”, pode ser abatido antes mesmo de entrar em campo.

Cinco esperam pelo sexto que demorava muito para chegar. Claro que aproveitavam para fazer uma péssima imagem do pobre, seria menos um para disputar a minha atenção. Um deles ficou distante, observando. Tentava, em vão fazer observações inteligentes. Caminho errado! Todos os outros se voltaram contra ele. Como assim ele poderia ousar parecer mais inteligente do que os outros? Um deles contou uma piada. Me fez rir por longos minutos. Fato que transformou o almoço num show de humor. Agora todo mundo tinha uma boa piada para contar para mim.

É claro que ninguém ali intencionava “pegar” ninguém, mas o instinto fala alto nas pequenas coisas e eu adoro observar:-)

domingo, agosto 19, 2007

Uma questão sexual

A pele era macia, cheirosa e de uma cor irresistível. Recobria um corpo bem torneado com todos os músculos trabalhados sem exageros. Um verdadeiro sonho de consumo para qualquer fêmea predadora na fase adulta.

E ele se aproxima provocante, te toca, te puxa ao encontro dele. Encosta o corpo perfeito no seu e dança de forma lenta e sensual. Você fecha os olhos, ouve a música e acompanha os movimentos sincopados. Desliga a mente e se concentra no momento, no cheiro, na sensação...

De olhos abertos, passa a mão nos cabelos, arruma a roupa e avalia a situação: estranha.

Mais uma experiência que comprova a exceção ou, como costumava dizer uma pessoa outrora próxima, a “desorder” da vida.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Credi, affidi

De tudo que vi e ouvi até hoje sobre pessoas do antigo continente não me afetaram verdadeiramente. Fiz uma promessa de acreditar e confiar nas palavras e nos olhos originais.

De tudo que vi e ouvi até hoje algumas coisas me machucaram, mas nada profundamente. Ainda mantinha o foco em acreditar e confiar.

Hoje eu não vi os olhos originais, não ouvi as palavras originais, mas um gesto original abalou a credibilidade e a confiança.

Ele não está mais lá.

Ele não QUER mais estar lá.

O silêncio, a ausência, a saudade, as outras pessoas, as palavras erradas, todo o oceano... Nada me doeu tanto quanto a certeza de que ele não QUER mais estar lá.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Gosto mesmo de ser assim...

Ele me conhece pouco, quase nada posso dizer. Daí tamanha surpresa ao ouvi-lo dizer com tanta propriedade algo sobre meu estado de espírito.

Não, não, não, não fiquei aborrecida como de costume. Tal fato me fez feliz. Pensei comigo: "Ele está mesmo certo na sua observação. Bom saber que sou tão transparente assim."

É isso então... não importa o que aconteça, sou sempre verdadeira com meus sentimentos. Como me disse um dia meu primeiro amor: "podem até magoar seu coração, mas seu espírito ninguém vai conseguir quebrar". E ninguém conseguiu mesmo!!!