domingo, fevereiro 29, 2004

Momento apropriação do texto alheio

Li esse texto hj por acaso e não poderia deixá-lo de fora deste blog. Para TODOS os meus amigos e amigas que não compreendem porque eu gosto tanto de São Paulo e, em especial, dos paulistanos, o Marco Antonio Araújo explica em seu texto para a Revista da Folha de São Paulo. Leiam com atenção e não me chamem mais de ridícula quando eu defender ou me apaixonar por um paulistano, ok?

Paulistano tem que ser macho profissional
[por Marco Antonio Araújo]

Ser homem em São Paulo não é para amadores. Tem de ser profissional. E como em qualquer carreira, é preciso talento. Sem vocação, nem megasena resolve. Um homem rico, sem jeito para a coisa, não passa de um pobre coitado. Acaba por gastar seus milhões em viagens de helicóptero para Maresias e boates da Vila Olímpia. Fortuna é apenas sinônimo de sorte. O resto é suor e competência.

Fácil é ser macho nas praias cariocas, na bonança das Minas Gerais, puxando peixeira na caatinga ou abençoado com o mito erótico de um bom baiano. Quero ver é se dar bem num lugar que o país inteiro associa com estresse e malufismo. Em que tudo, trânsito, poluição, derruba o nível de testosterona do mais convicto troglodita. E numa terra em que as mulheres tendem a valorizar mais o forasteiro do que o nativo.

As paulistanas são rigorosas com os da casa e muito hospitaleiras com turistas. Se for estrangeiro, então, é revoltante. Adoram carimbar passaporte. Devem ter suas razões: só usamos bermudas nos fins de semana, ficamos bronzeados apenas em janeiro, trabalhamos feito mulas o ano inteiro e temos bons times de futebol. O charme que nos resta é sermos práticos e intelectuais, se é que isso é charmoso. Se não nos esforçamos, só servimos para tempos de estio e casamento.

Tudo conspira contra a masculinidade na cidade da Parada Gay e da Erika Palomino. Para ser um homem bem amado, bom amante, é preciso convicção e constante processo de reciclagem. Tem de abrir a porta do carro para as moças sem parecer um babaca, saber ler carta de vinhos mesmo sem dinheiro para comprá-los, conhecer os filmes do Eric Rohmer apesar de detestá-lo, estar empregado como se isso fosse possível, gostar de mulher e, por fim, fazer de conta que tô nem aí, tô nem aí.

Esse discurso pode soar superficial. Aceito ponderações e críticas menos de pessoas solteiras que se dizem felizes, pois são todas mentirosas. Já vivi o suficiente para saber que homens precisam de mulheres, e mulheres, de homens. Ainda mais morando em São Paulo, onde é difícil encontrar alguém para dividir o aluguel, que anda pela hora da morte. Com marmanjo é que não dá para morar junto. Amigos, amigos; negócios à parte. Tem de ser profissional.

quinta-feira, fevereiro 26, 2004

Reflexão

Dia de reunião de pauta. Mil idéias borbulhando, pautas surgindo para todos os lados, para todos os gostos. A maioria é aceita de bom grado, uma mexidinha ali, uma outra proposta aqui e aquela que não servia ganha outra cara e pronto! Pode até ser capa!

Dali, apuração. Ah, como é bom apurar! A parte mais gostosa da matéria. Conversar, trocar idéias, descobrir coisas, aprender. Nasci para fazer isso!

Depois começa o sofrimento. Escrever, estranhamente, virou um sacrifício. Não consigo mais encontrar a motivação de antes. Tá tudo muito chato nessa fase do trabalho. Coisas acumuladas me fazem pensar assim.

"Você precisa aprender a zerar", alguém me aconselha via telefone. Prometo que vou tentar.

Acho que ganhei mais um lema para 2004.
Depois de NÃO COLECIONO NÃOS, agora eu ZERO TODOS OS MEUS DIAS.
Coisas boas de se ouvir

Mais de 20 anos sem me ver e meu primo, depois de alguns minutos conversando comigo, declara:

"Gostei de ver você, pois sempre soube que era uma menina observadora e atenciosa, característica de profissões naturalmente investigativas como jornalismo".

São coisas assim que tornam a família algo irresistível.
Mundo injusto

Ele te liga e sempre te acha. Seu telefone parece estar sempre à espera de uma ligação (afinal é essa a função de um telefone, certo?), seja de quem for. Tem acesso à informações suas quase em tempo real, sem falar no pequeno banco de dados recheado de histórias a seu respeito. Além disso, você está sempre enviando sinais de fumaça, ou melhor, bytes e códigos binários via rede ou satélite.

Você liga e ele nunca está ligado. Quando calha de estar, não atende. Recado nem pensar, a caixa postal vive lotada. Não responde emails, não retorna sms.. Ah, sim ele liga de quando em vez, mas ainda assim mora muito longe, torce pelo Corinthians e gosta de Bom Jovi.

Ai como sofro!

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Detalhe:

Não satisfeita em pleitear cargos na vidados outros, eu agora nomeio todos os que passam pela minha vida. Sou uma governante nata!

Pensem nisso nas próximas eleições;-)
Sem identificador de chamadas

Tem coisa mais inquietante do que um telefonema mudo? O telefone toca, você atende e do outro lado alguém apenas ouve sua voz por alguns segundos e desliga. Antes mesmo de colocar o fone de volta no gancho (acho que já não faz mais sentido este nome, nenhum telefone usa mais gancho para segurar seus fones) a angústia começa: quem será?

Se você levar isso para o lado sentimental vai acabar pirando. Pode ser aquele cara que te deu um pé na bunda, mas morre de arrependimento. O talzinho covardão não tem sequer coragem para pedir desculpas, quiçá balbuciar algumas palavras que denotem saudades de você. Aquele carinha que está muito afim de você conseguiu seu telefone e, mesmo ensaiando horas o que dizer, perde a voz quando você atende, pode estar tentando se comunicar. Ah, sim, você deu um fora nele que está inconformado? Vai te ligar inúmeras vezes só para ouvir sua voz dizendo "alô". Também pode ser que você tenha marcado a vida dele como a melhor namorada, a atual, que nunca chegará aos seus pés, acha seu telefone e liga, só para saber quem atende. Ainda nessa mesma linha de raciocínio, é possível imaginar que a namorada do cara que você está saindo achou seu número em algum lugar e ligou, só para saber se era de uma mulher.

Tá legal pode ser apenas um engano bobo, tipo: alguém ligando para a farmácia e você atende "oi". Ninguém diz "oi" num telefone de farmácia! Do outro lado só resta o enganado desligar sem nada dizer. Mas que graça tem pensar que é um mero engano?

As cyber-pessoas-ultra-antenas já estão rolando de rir e me chamando de estúpida. Para vocês eu digo: sim, eu conheço o identificador de chamadas, até tenho no meu celular, mas não na minha casa. A empresa de telefonia ainda cobra pelo serviço, além de cobrar pelo aparelhinho que mostra os números que ligam para você. Mas outra vez pergunto: que graça teria usar um desses? Não teria, por exemplo, assunto para postar aqui agora.

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Enquanto isso, na Band...

Tudo era trevas! Um esquema milionário (eu acho) foi montado. Um camarote panorâmico, trio elétrico e mais uma penca de locações legais, além de uma equipe gigantesca de profissionais, esse foi o arsenal que a Band, sob a alcunha de Band Folia, levou para a capital baiana. Mas eu, aqui do meu sofá carioca, não consegui entender o porque.

A quantidade de cortes, realimentações e ruídos era tanta que mal se podia identificar de onde vinham as coisas. Tentei no sábado para ver o Camarote Andante de Brown e o equipamento da JAS e desisti. Voltei lá no domingo, só zapiando, mas tb não me animei a ficar. Tentei de verdade, a cada break comercial da Globo eu estava lá com os dedos no controle correndo até a Band, mas não era mesmo possível ficar. A qualidade da captação, a mixagem, não sei bem onde estava o problema, mas descobrir pode ser uma excelente pauta.

Assumindo...

Eu me rendo! Jamais conseguirei ouvir nada como antes. Agora sou mais uma daquelas criaturas abomináveis que ficam fazendo caretas enquanto assistem shows, programas de TV, rádio e qq outra coisa que emita som. E logo eu que lutei tanto contra isso!

A constatação veio ontem enquanto assistia pela TV as agruras do carnaval brasileiro. Já postei aqui minhas primeiras impressões sobre a transmissão do desfile de Sampa. Ontem foi a vez do Rio, pela Globo, já tinha dado um espiada em Salvador, pela Band, e o resultado foi uma lista de reclamações. Eu resmunguei tanto que irritei a seleta platéia que se encontrava concentrada na sala.

A Globo foi muito bem este ano. Em vista do fiasco do ano passado, quando as escolas pareciam desfilar dentro de latas, o áudio que chegou aqui estava muito bom, uniforme e limpinho. O problema foi com os microfones dos comentaristas (não q eu sinta falta das bobagens que eles dizem), que, durante todo o desfile da Caprichosos de Pilares ficou praticamente inaudível. Era impossível entender o que os caras diziam, a mixagem da avenida estava ótima, e mais alta que o áudio dos microfones. Se em Sampa a batucada era diminuída (sob meus protestos) para não prejudicar a inteligibilidade dos comentários, por aqui os microfones pareciam não participar da mixagem final. Mas, na escola seguinte, tudo já estava outra vez no lugar e foi possível ouvir todo mundo em alto e bom som.

Energias ruins

Minha avó sempre dizia que o carnaval é uma época delicada. As energias que circulam não são lá de tão boa qualidade, já que muita gente aproveita o caráter profano dessa festa para fazer o mau.

Isso deve explicar o telefonema que recebi. Ele me ligou como se nada tivesse acontecido. "Tudo bem com vc?". O que responder, depois de meses lambendo as feridas... E foi seguindo em frente, tentando desenrolar um papo qualquer. Eu já impaciente mandei: "O que vc quer afinal?". Aí ele se fez de inocente: "Não posso te ligar para saber como vai?", e eu fiz a grossa: "Não!"

Resumindo todo o assunto: é carnaval, ele ficou na pista e resolver procurar uma otária qq para fazer coisinhas. "Desculpe querido, a otária aqui não está mais disponível para você".

sábado, fevereiro 21, 2004

O áudio pode matar

Além de causar stress, problemas financeiros, surdez e muito cansaço, o áudio pode até matar!

Um acidente no Sambódromo paulista esta manhã quase faz uma vítima fatal. Um carro alegórico da Gaviões da Fiel (tinha que ser coisa de corintiano), perdeu a direção e atingiu o camarote da Kaiser ferindo cinco pessoas. O carro não chegou a tocar nas pessoas, mas derrubou uma caixa de som que caiu em cima dos VIPs, uma delas está internada com suspeita de traumatismo craniano.

Agora eu não vou sossegar enquanto não descobrir o fabricante dessa arma, digo, caixa de som.

Lembranças de outros carnavais

Ontem foi dia de desfile das Escolas de Samba de São Paulo e eu, por motivos profissionais, assisti.

Do ponto de vista técnico achei bom. As escolas estavam bonitas, criativas, bons sambas (desses que acabamos repetindo sem querer), apesar do enredo comum a todas. Os 450 da cidade é o tema central de todas as Escolas paulistas este ano, mas ainda assim elas apareciam com novidades na avenida. Destaco a Acadêmicos do Tatuapé e sua simpática comissão de frente composta por tatus gigantes e o bom gosto das fantasias da Camisa Verde e Branca. Quanto ao som que ouvi aqui, no conforto do meu lar, estava bom. Tirando aqueles probleminhas iniciais de toda transmissão ao vivo, tipo: um VT q entra sem áudio, um microfone sem som para o ar, apresentadores confusos. Mas lá pela metade do desfile, aquela velha mania de colocar o som do instrumento filmado mais em evidência, rendeu uma situação engraçada (culpa da captação, acho eu). O câmera acompanhava as peripécias de um passista com pratos. Sim, pratos, o cara sambava e batia os pratos um no outro e depois no chão, numa evolução no mínimo engraçada. Normal que vc ouvisse os tilintar dos pratos nessa hora, mas um som de cavaquinho, provavelmente vazando do caminhão de som, invadia os falantes da minha TV. No mais, aquilo de sempre, vc querendo curtir o samba, ouvir a bateria, mas o som precisa ser abaixado toda hora p/ aqueles comentários inúteis, em sua grande maioria. A exceção era a Lecy Brandão, profunda conhecedora de baterias, samba e harmonias, sempre aparecia com informações bem relevantes.

Agora, pessoalmente, estes desfiles me fizeram lembrar com saudade dos antigos carnavais. Quando minha família levava a TV para o quintal e preparava mil guloseimas para virar a noite vendo as escolas. Os desfiles eram como os de São Paulo hj, escolas de comunidade de verdade, todo mundo cantando samba, muita gente emocionada e muitos destaques legítimos. Não tem aquela coisa chata de ficar cortando o desfile toda hora para mostrar o ator da novela das oito, a mulher do jogador de futebol, o empresário, o gringo, a ex-mulher do outro jogador, a atriz do momento, aquela modelo e a ex-BBB. Em São Paulo quase não tem vips nas escolas e as câmeras se concentram em mostrar o trabalho de meses dentro dos barracões, aquele que me faz ficar acordada madrugada a dentro para ver. Nesse carnaval, Sampa marcou mais um ponto comigo. Ainda me mudo pra lá!

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Tá legal....

...eu assumo: estranhamente eu estou com muuuitas saudades do moço bonito que mora longe de mim.

Anotou aí?
Folião, você ainda vai ser um

Tamanha foi minha determinação ao entrar na loja de tecidos e escolher um dos mais floridos. E ela, a determinação, ainda estava comigo às 10 da noite, quando cheguei em casa, depois de uma grande aula de amplificadores com o mestre Pedruzzi.

Nem mesmo o sono desviou minha atenção. Armada com tesoura, alfinetes, lápis, fita métrica e uma bela máquina de costura (presente da Titia:-)), transformava aquele metro de pano em duas peças. Enquanto Jô Soares fazia suas piadinhas (cada dia mais sem graça), o pano ganhava forma.

Quando finalmente o Monobloco começou a tocar no Programa do Jô (com alguns problemas nos microfones, observo eu, já tomada pela mania do áudio perfeito), eu já tinha um fofíssimo pareô laranja com hibiscos hibridos brancos.

Porquê? Por que inevitavelmente é Carnaval, eu sou carioca e hj à noite tem baile do Havaí:-)

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Só para lembrar

As pessoas só vão te decepcionar se você depositar alguma esperança nelas.
As pessoas só vão te magoar se você der a elas seus melhores sentimentos.

Não culpe os outros pelas coisas ruins que fazem a você, porque eles só farão aquilo que você permitir.

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Sobre a ansiedade

Ela o encontrou por aí, meio por acaso, do jeito que se encontram as pessoas, os casais, todos sutilmente.

Depois dos olhares e sorrisos, todo aquele jogo silencioso foi iniciado. Sob a regra implícita de não verbalizar, os sinais se sucederam lentamente.

Ações e reações se revezavam, muitos gestos e até algumas palavras (estranhamente quebrando as regras) podiam ser ouvidas. Mas todas despojadas de seus significados mais profundos. A leveza é a lei nesses momentos, e tudo acontece vagarosamente.

Sutilmente, lentamente, vagarosamente, ela tenta se concentrar no mundo ao seu redor e crescer diante de seu novo desafio: abandonar sua impulsividade infantil e aceitar o calculismo cauteloso do mundo adulto.

Para conseguir forças, fecha os olhos bem apertados para ver suas lembranças. Por vezes vasculha tudo em busca de um detalhe, um deslize, um motivo para desistir e voltar ao seu antigo caminho. Tentativas vãs. Tudo por ali lhe faz sorrir e abrir os olhos de volta a sua batalha.

Ela o encontrou. Sutis, silencioso, lentos, vagarosos, leves, cautelosos e calculados, assim são seus dias desde então.

"Crescer é sempre tão difícil"
Peter Pan

domingo, fevereiro 15, 2004

Momento auto-promoção

Aconteceu uma coisa muito bacana semana passada, mas eu esqueci de comentar. Porém, com todo esse papo de auto-estima em voga, acabei me lembrando e inaugurando este momento auto-promoção.

Recebi um elogio público em um website. O fato surgiu de uma matéria que escrevi sobre o rádio para a revista que trabalho, o site, especializado no assunto, ficou sabendo, gostou e publicou tal nota na grande rede. Você pode conferir as palavras elogiosas ao meu trabalho aqui.

Obrigada ao pessoal do Rádio Agência pelo respeito como trataram nosso trabalho e a atenção dispensada em me telefonar para comentar o assunto. Devo dizer que, tal elogio é extensivo à equipe. Valeu Cati pela edição e Sólon pela revisão, acho que fizemos um bom trabalho;-)

Cantada gravada

Acabei de descobrir um jeito ótimo de manter a auto-estima em dia. Cantadas e elogios gravados em fitas K7, ou em mp3 se vc for chique de verdade.

Funciona mais ou menos assim: vc está se sentindo a última das mulheres, feia, gorda, abandonada e completamente esquecida por todos os seres humanos machos do planeta. Ai vc pega a tal fita e ouve algo do tipo: "Seus olhos são lindos!". Imediatamente vc levanta da cadeira, tira o pijama, toma um demorado banho, lava os cabelos, coloca uma roupinha bonitinha e vai dar uma voltinha com o cachorro pelo bairro s sentindo A MAIS (inside joke) gatinha.

Valeu mesmo Vidal:-))

sábado, fevereiro 14, 2004

Se o mundo fosse perfeito....

Teria uma cadeirinha ao meu lado com um moço bonito sentado me ajudando a entender todas essas coisas loucas q esses meninos do áudio dizem o tempo todo. Com por exemplo: "explitar mais coisinhas na mesa", bem básico; "reverberzinho para fazer uma salinha", algo bem comum, eu suponho; "faço tudo em uma mandada só", e isso deve ser muito bom; "uso duas máquinas 480 mais uma PCM, é coisa pra caramba!", me diz como se eu soubesse; "você não acha que 16 canais é o suficiente?", como se eu tivesse condições de opinar..... Sim, eles me tratam como se eu tb fosse do time, agora só faltam uns três anos de curso intensivo.
Pronto, acabou de vez a magia

Foi comprovada com 94% de precisão que o sucesso de um relacionamento pode ser medido matematicamente.

Cientistas americanos (claro, são sempre eles os culpados!) concluiram uma pesquisa agora conseguem medir através de algumas fórmulas matemáticas se os casais permanecerão casados por muito tempo ou não. A coisa parece interessante e ganhou credibilidade quando foi divulgado, e comprovado, seu índice de acerto. Sim, 94% de precisão!

A base das contas começa com a observação de 15 minutos de conversa entre os casais.

"Nós analisamos se o casal é carinhoso e amigo, se cada um presta atenção no que o outro fala, como eles lidam com os conflitos e vamos computando pontos para cada aspecto positivo e negativo do relacionamento. Os casais que obtinham mais pontos positivos que negativos permaneciam casados. Esses, em geral, apresentavam cinco vezes mais pontos positivos que negativos", contou o psicólogo John Gottman, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa de Relacionamentos e professor da Universidade de Washington, durante uma apresentação do estudo, no Encontro Anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês). - FONTE:Globo Online.

Então tá legal, agora p/ casar, além de apresentar o teste de AIDS, as pessoas precisam passar tb no teste dos 15 minutos de conversa seguidos de alguns cálculos matemáticos. Será que vai sobrar tempo p/ eles se amarem?

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Hoje é sexta 13!

Nunca achei q esse fosse um dia ruim, mas...

Tem dois shows legais na cidade, encontro de velhos amigos na Cobal e um evento imperdível. Enquanto isso eu estou em casa, cheia de trabalho, saudades e febre!

Coincidências...

Um assunto difícil de discorrer. Seriam, basicamente, coisas que acontecem de um jeito estranho pacas. Mas será q é só isso mesmo?

Vc conhece um carinha prá lá de interessante e sabe q vai encontrá-lo no dia seguinte, inevitável que ele povoe seus pensamentos enquanto decide o que vestir na ocasião. Vcs dois se encontram e voilá: ele está com uma roupa parecida com a sua. Vc tenta disfarçar, mas tem sempre alguém para jogar uma piadinha e deixar vcs dois sem graça.

Vc solta seu bordão predileto dos últimos meses: “ô mô Deus”. Ele rapidamente completa: “ô mô Pai”. Sim, ele tb conhece a música mais ridícula de todos os tempos, aquela q vc se acabou de rir quando ouviu no reveillon e que uma, a cada 50 pessoas q vc conhece, já ouviu tb.

Vc está navegando e resolve enviar um e-card para ele. Entra no site e, de cara, escolhe um, lindinho, que tem tudo a ver. Mas, na hora de enviar ele simplesmente não vai pq vc, até no e-card, fala d+. Desiste dele e manda outro, com mais espaço para seu textinho. Quando ele lê resolve responder e advinha só qual e-card ele escolheu?

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Novidade!

Agora tem lugarzinho para comentar.
Vamos pessoas, animem-se e reclamem, ou não, das bobagens que publico por aqui:-)

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Ao menos um...

Hoje fiquei sabendo que tenho um leitor fiel. Preciso ter mais cuidado com o escrevo por aqui:-)))

Bem, sobre meu leitor, peço licença e mando um recado:

"Moço bonito que está indo para o Sul, faça uma boa viagem e cheque seus emails.
A estas horas já tem mensagem para vc por lá.
Bjins:-**"

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Pensamentos psico-emocionais crônicos

Será que algum dia existirá alguém esperando no ponto com um guarda-chuva, um beijo e um abraço para me proteger do tempo e da saudade?

De quem ainda sonha em ser o bem de alguém.
O Pro Tools

Ontem acompanhei um workshop sobre áudio no cinema usando o Pro Tools, ou não.

Na platéia cerca de 150 pessoas do ramo debatiam, esclareciam suas dúvidas e criavam outras tantas. No palco, Ronconi (o mais fofo!) e Rodrigo (o mais gato!), além do Astor da Digidesign, fabricante do Pro Tools, se esforçavam para saciar a sede de informação dos tarados da platéia.

A idéia era falar sobre os caminhos do áudio ne mídia cinema, o que, naturalmente, esbarraria na ferramenta Pro Tools, já considerada default no meio. Mas tudo se perdeu no emaranhado de perguntas que as irriquietas mentes apaixonadas formulavam a cada segundo.

Tarados? Sim, todos eles são. Mas o foco de suas taras é mesmo o áudio. Consoles, microfones, caixas e tudo mais que emita, capte, mixe ou aperfeiçoe o som, ah, e que tenha botões, muitos botões, tudo isso tira o sono dos apaixonados rapazes. Uma paixão que faz os olhinhos dos moços brilharem diante de uma telinha com algumas pistas sonoras à mostra. Uma coisa emocionante de se ver.

Quanto a mim, fiquei lá, quietinha no meio de todos eles. Sem entender muita coisa, é claro. O assunto vagava por níveis muito além da minha compreensão, mas ainda assim tirei muito proveito das quase três horas de bate-papo. Pude ver o quanto meu trabalho é importante tb, afinal, escrevo para pessoas que amam muito o que fazem. Saí de lá emocionada e desesperada. O peso sobre meus ombros aumentou substancialmente.

Para fazer arte é preciso muito amor.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Crônica do amor louco, porém, verdadeiro

Por Arnaldo Jabor.


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado em fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estrelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante.

Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa mobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.

Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim! Você é inteligente, lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. É Independente, tem emprego fixo, bom saldo no banco.

Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso

domingo, fevereiro 08, 2004

Bono Vox

Ai esta um sujeito que faz jus ao nome. Eu pergunto: existe coisa mais gostosa do que ouvir senhor Bono cantar?
Ouviria "Stay" e "One" por toda vida... ja ouvi umas dez vezes na ultima volta completa do relogio.

Alias, a versao de One que tenho aqui eh pra la de especial, pois junta outra voz querida por mim, a de Mike Stipe, vocal do REM

"You say
Love is a temple
Love a higher law
Love is a temple
Love the higher law
You ask me to enter
But then you make me crawl
And I can't be holding on
To what you got
When all you got is hurt"

"If I could stay...
Then the night would give you up
Stay...then the day would keep its trust
Stay...with the demons you drowned
Stay...with the spirit I found
Stay...and the night would be enough "

Estranhas conclusões

Sempre q saio por ai navegando de bobeira e lendo os blogs dos amigos, volto para cá e acho tudo tão diferente. Tem gente que escreve diarinhos de verdade, como diria uma pessoa, não tão bem quista por mim, mas com frases pertinentes às vezes, verdadeiros "blogs Hello Kitty". Tem gente que filosofa sem parar, ainda tem aqueles que "quase" nunca escrevem (acho q me enquadro nesses), os que comentam coisas do dia, que criticam o dia, os que reclamam de tudo...

Leio tudo isso e volto para cá e, nesse cená¡rio verde, morro de rir com as coisas bobas que escrevo, mas não encontro nenhuma qualificação para elas. Não é um diarinho, não tem comentários diários, não tem crí­ticas ou restrições sérias ao trabalho de ninguém, são coisinhas que provam que ao menos um Gremilin não é verde:-) Confesso que meu instinto jornalí­stico (isso tem mesmo um tom de doença crônica) me cobra mais seriedade e profundidade na narração e divulgação dos fatos que acontecem ao meu redor, mas e daí? Vivo enrolada com minhas matérias (que ultimamente estão uma droga, verdade seja dita), aqui só quero falar amenidades.

E chega de conflito por hj!


sábado, fevereiro 07, 2004

Sobre Salvador

Era sua primeira vez naquela cidade. A excitação natural pelo momento se misturava à ansiedade descobrir o novo lugar. Já na saída do aeroporto, seus olhos curiosos buscavam os detalhes. Bambus na beira da estrada quase fechavam o caminho ao mesmo tempo em que puxavam velhas lembranças, despertando semelhanças com locais já conhecidos iniciando seu velho jogo de memória. Um jogo que sempre fazia, uma maneira divertida de se deixar à vontade em qualquer lugar, mesmo os nunca vistos.

Os dias se seguiram recheados de agitação. Aquela solidão positiva num quarto de hotel e nas rápidas caminhadas pelas ruas. Refeições solitárias e dias agitados repletos de novidades e pessoas diferentes. Tudo caminhava do jeito que mais gostava, totalmente fora da monotonia. Seu espírito estava livre.

No meio de toda correria, um olhar a segura. O rapaz a fitava com tamanha precisão que não passou despercebido. Comovida com tal atitude, um tanto rara em sua vida apressada, correspondeu, como de costume, esperançosa. Aquela mesmo esperança tola que insiste em ludibriá-la, deixando tudo mais bonito ao seu redor. Sorrisos trocados, palavras descompromissadas e pronto, lá estava ela dedicando sua preciosa atenção aos passos do rapaz.

Um pouco mais de conversa e as afinidades surgem. Mais uma dose de palavras e lá estão as divertidas divergências. Os dois se põem a rir, divertem-se juntos. E mais olhares trocados fazem surgir uma ponta de desejo. Ele aproveita qualquer oportunidade para cruzar seu olhar com o dela ou tocá-la acidentalmente. Numa dessas oportunidades, ousa acariciá-la delicada e discretamente. Carinhos no pescoço, quem pode recusar? Ela fica imóvel, desligada do mundo, apenas sentindo o momento.

A evolução natural, no meio de uma brincadeira e várias risadas, surge o beijo, algo já esperado ansiosamente por ela. Os efeitos são automáticos. De olhos fechados ela pensava: "Não pare, por favor". E o momento fulgás ganha ares de eternidade.


terça-feira, fevereiro 03, 2004

Salvador é tão fresquinho que dá uma preguiça...

Até ontem eu estava em Salvador, mas nem perecia. Foram seis dias tão corridos que mais pareceram seis horas! No meio de toda lezeira baiana, eu corria mais que tudo. Quase na velocidade da luz, tentava, em vão, fazer a cobertura mais legal da minha curta carreira de jornalista especializada.

Festival de Verão Salvador era a pauta principal, na mala levei mais duas sugestões para apurar: carnaval e uma suposta casa de shows na casa de Ivete Sangalo. Mas o festival se sobrepôs. Tamanho era o volume de informações que rendia a cada segundo e eu lá, em vão repito, tentando assimilar tudo.

Quando vi que era mesmo em vão todas as minhas tentativas de apurar todos os detalhes do mega festival para duas revistas ao mesmo tempo, segui o conselho do sábio do áudio global e fiz apenas o que meu corpo permitia. Consegui relaxar a dar uma espiada básica na ala minha família que reside por lá há quase 25 anos. Turismo Fuji, assim apelidei minha passagem relâmpago pelos pontos turísticos da cidade. Um mergulho na praia de Itapoá para espantar o cansaço de uma sexta feira de cão, almoço com a família, mais festival e eu já estava com as malas de volta ao aeroporto.

Assim foi minha passagem pela terra de Gabriela...

Tudo bem, eu confesso: descolei alguns minutos para o prazer, este encontrado numa fonte legitimamente importada do sudeste. Nem toda alegria precisa ser baiana quando se está em Salvador;-)