I'm famous......sometimes;-)
More Reader Portraits - Andrea
Thanks Paul for the tutorial!
De todas as coisas que voam na minha cabeça
Tenho dúzias de pensamentos na cabeça. Meu amigo diz que isso enlouquece. Ele vive dizendo que é preciso escrever, colocar para fora essas coisas. Costuma usar a máxima do PowerPoint, apresentação de idéias pelo Office, muito bom! Mas a verdade é que são sempre tantos pensamentos, muitos deles conflitantes, que nem ao menos consigo descrevê-los corretamente.
Desemprego, entrevistas de emprego, viagem para Europa, curso de inglês, o holandês, dívidas, Paraty, Ilha Grande, GAP, o italiano, ateliê, mosaicos, artesanatos, ainda o holandês, a casa, o cachorro, família, depressão, dentes, colesterol, religião, coração, dinheiro, os livros, os brinquedos, solidão, carência e outra vez o holandês. E tudo assim, randomizando na cabeça todas as 24 horas do dia, dormidas ou acordadas.
Eu só queria descansar um pouco, para variar.
Consegui!
Coloquei meus lindos pezinhos em Trindade:-) Claro que rolou um gostinho de quero mais...o lugar tem uma energia muito boa. Fiz duas trilhas e descobri muito mais do que imaginava, mas faltou tempo para conhecer a cidadela. Motivo de sobra para uma próxima visita.
Quase 40?!? Como?!?!
Já perdi muitas oportunidades de trabalho por causa da minha idade. É verdade, passar dos 30 é uma coisa ingrata no pais do futuro. Mas eu sempre ficava com a pulga atrás da orelha. Como nunca ninguém advinha minha idade, sempre achei que ao invés de ler minha data de nascimento e me julgassem inapta, se vissem minha figura estranha as coisas mudariam completamente.
Minhas suspeitas se confirmaram essa semana. Fui ver um trabalho e dessa vez, como fui indicada do tipo amigo do amigo do parente, apareci antes do meu currículo ou ficha cadastral. Beleza, foi tudo como sempre: “você é ótima”, “gostei muito de você”, “só preciso ouvir mais umas pessoas”. Esse bla bla bla que eu já ouvi umas 798 vezes nos últimos três anos e que nunca significam um sim ou um não. Entre as exigências para o cargo a pessoa precisava ser mais madura, então meus 38 aninhos recém-completos foram muito bem aceitos como pré-requisito. Passados alguns dias veio a informação, via amigo do amigo do parente: “Já colocaram uma pessoa na vaga”. E essa pessoa claramente não sou eu, por quê? “Ela achou você muito jovem”. E olha que eu deixei a mochila e o all star em casa. Fui de bolsa e mocassim de salto alto!
Afinal, qual é a imagem da mulher balzaca brasileira??? Eu to perdida em todos os meus anos de vida!
Peguei o bouquet, e agora?
Eu estava lá na minha voltando do toilet, nem sabia o que rolava no salão. Quando de repente surge aquele montinho de rosas vermelhas com um laço branco voando sobre várias cabeças e aterrisando bem ao meu lado, no chão. Ok, entendi logo do que se tratava e não me fiz de rogada, pedi gentilmente ao senhor que se abaixou para pegar o tal para que me ofertasse o dito, afinal eu era a tal incrível solteira de quem a família toda falara. E foi assim que eu surgi no meio de todas aquelas mulheres com o cobiçado bouquet da noiva nas mãos. Fato celebrado loucamente pelas mulheres da minha família.
Beleza. Agora o dito ta aqui, na mesa do meu PC. O que se faz com essa coisa tão cheia de encanto e lendas ao seu redor? Não, não, não, não tenho absolutamente ninguém em vista para subir ao altar a tempo desse bouquet não murchar.
Alguma sugestão? Mas sejam educados, por favor!
Ele fez 60
Estavam todos lá, familiares, amigos, conhecidos e até penetras. A festa de 60 anos foi mesmo um sucesso de público. Comida boa, bebida à vontade, uma pista de dança digna das boites mais badaladas com som de qualidade e iluminação de ponta.
Na hora do bolo o discurso fez valer as quase três horas de viagem até outra cidade para participar do evento. Ele agradeceu a esposa pelos mais de 30 anos de casamento, pelas filhas e pela porção festeira que não fazia parte dele até ela chegar. Foi um desses momentos em que colocamos algumas de nossas crenças em cheque.
Deu lá no Modices
Décor Shop :: um vaso como você nunca viu!
Por Andréa Alves
A difícil arte de me concentrar
Tenho inúmeras coisas inacabadas ao meu redor. E não se trata de uma mera figura de linguagem, é literal!
Daqui (minha ilustre cadeirinha de rodinhas com forro azul royal desgastado)posso ver pedaços de flores de feltro ainda sem bordar, outras bordadas esperando o elástico, uma caixa de mosaico sem encerar, as roupas sujas que não podem ir sozinhas para a máquina de lavar, a apostila de italiano com o teste final totalmente em branco, ah, claro, as materinhas do Modices que não finalizei para entregar.
Diante de todas essas coisas e com a total consciência de que elas precisam ser terminadas o quanto antes, eu, subitamente me levanto da cadeirinha e abro uma gaveta sem me lembrar o que fui buscar (coisa que acontece comigo o tempo todo). Desisto de tentar lembrar e fecho a gaveta, mas não consigo. De tão cheia de cacarecos alguma coisa prende e pronto! Uma nova oportunidade se abre.
Volto para a cadeirinha azul e passo mais três horas sentada. Meus velhos handsets (era isso que impedia o fechamento da gaveta) se transformam em simpáticas e inúteis caixinhas de som de papelão. Simpáticas porque ficaram uma graça e inúteis porque os falantes de fones de ouvido tem uma potencia ínfima para serem utilizados como mini caixas de som.
As boas novas são que eu desemperrei a gaveta e diminui a quantidade de cacarecos em seu interior (agora são -2 handsets velhos). A diversão foi descobrir que posso produzir mini caixas de som de papelão (Yes!). O chato é que minha mesa continua repleta de coisas à finalizar.
Conflitos sexuais
Meu amigo homo está sempre brigando com minhas atitudes e pensamentos gays. É engraçado quando discordamos em pontos considerados tipicamente gays. No último embate estávamos discutindo sobre a nova estante da casa dele. Um projeto de restauro a quatro mãos. Na verdade, duas mãos e um teclado, pq até agora eu só dei assessoria via msn. Os paradigmas caem por terra e eu viro uma drag e ele um machão. Vai entender...
Ele diz: a ideia é boa, mas eu pensava em um desenho só
Ele diz: nao.. acho que fica muito gay... vai ficar parecendo uma penteadeira sem espelho. rsrsrsrsrsrsrs
Eu digo: ahhhhhhhhhhhhhh que chato vc!
Eu digo: e vc é muito macho!
Eu digo: então te aconselho a passar em una lojinha de azulejos antigos e escolher algum do seu gosto tão masculino.
Ele diz: olha.. vc não fica brava com minha macheza não ein rsrssrsrsrs
Eu digo: é melhor fazer com vidro então, sai muito mais barato
Eu digo: aquele do cristo eu usei um chita mega gay. como assim vc gostou?
Eu digo: eu não te aguento!
Eu digo: carente? isso não é coisa de macho!
Eu digo: bloquear no msn??? isso é uma atitude tipicamente gay
Quebrando a corrente
Meu caro amigo Léo Ock Paiva Tock me mandou mais uma de suas cyber correntes entre bloguinhos amigos. Eu registro aqui minha admiração a insistência do Leozito de tentar manter esse meu empoeirado blog na ativa, valeu meu caro!:-)
Mas a questão é a seguinte: mesmo com toda essa admiração e afeto ao meu colega real/virtual, quebrarei a primeira brincadeira mandada por ele. O motivo á simples: ainda não estou preparada para revelações tão pessoais em um ambiente tão popular. Ok, ok...o popular é por minha conta, já que não tenho lá muitos leitores, quiçá nenhum. Mas, voltando aos meus motivos, resumidamente: não tive coragem de participar!
Tá curioso? Confira aqui brincadeira do Léo.
Deu lá no Modices
Décor Shop :: É uma mesa ou um jogo?
Por Andréa Alves
22 de April de 2009
Nos últimos tempos a palavra/conceito multifuncional foi profundamente incorporada ao nosso dia a dia. Além de desempenharmos vários papéis acabamos com uma quedinha para coisas que tenham mais de uma função. E isso não se aplica só às impressoras! (continua...)
Deu lá no Modices
Décor Shop :: microondas na moda!
Por Andréa Alves
08 de April de 2009
Já faz algum tempo que a tradicional linha branca está na mira dos designers de plantão. Graças a eles o branco já não é a cor-regra para eletrodomésticos e outros itens indispensáveis na nossa cozinha. O único inimigo desta inovação ainda é o alto preço que as peças coloridas ainda apresentam no mercado. (continua...)
Deu lá no Modices!
Self Made :: Iluminando Caminhos
Por Andréa Alves
07 de April de 2009
Coisa mais chique aquelas luzes que beiram calçadinhas e escadas de um jardim em dia de festa. Com a função de sinalizar acessos e degraus em locais abertos com pouca iluminação, luzes ou luminárias de chão acabam representando um gasto extra na hora do evento a céu aberto. (continua...)
News
Voltei a escrever.
Escrevo isso na cara dura, né? Como se eu tivesse realmente parado de fazer isso algum minutinho da minha vida desde que aprendi a combinar as letras!
Mas a novidade é que agora sou colunista num site de moda. Meu assunto é decoração. Sim, parece meio no sense, mas passa lá que você vai entender direitinho.
O site é o Modices e as minhas coluninhas são Décor Shop (semanal, geralmente às quartas - hoje!) e Self Made (quinzenal).
Ah, claro, críticas são sempre bem vindas;-)
37 anos, 9 meses, 11 dias
Fui fazer um hemograma e no protocolo de retirada estava escrito em idade: 37 anos 9 meses 11 dias. Isso me fez pensar em tantas coisas. Acho que nunca minha idade me incomodou tanto quanto hoje, escrita assim, desse jeito. Parece tempo prá caramba! Talvez tempo demais para ler pela primeira vez as siglas que compõem uma análise sanguínea para risco cirúrgico.
Noite estranha
Fiz as unhas (mãos e pés no salão de beleza, ta?), escovei os cabelos, caprichei no makeup, calcei um par de Armani e fui ao Copacabana Palace.
Programa estranho para uma noite de quarta, mas enfim. Políticos, empresários, artistas, atores, atrizes, socialites, jornalistas, escritores, poetas, cineastas, ativistas, cientistas, agitadores culturais, gente comum que fez alguma coisa importante e ganhou fama e eu.
Revelações:
Depois de tudo, a amizade?
Uma das coisas mais difíceis da vida para mim: ser amiga do ex. Não importa muito se tudo acabou bem ou mal, continuar perto é sempre um problema. Complicado demais ser natural e fazer cara de paisagem quando o seu ex participa da sua vida, quer saber como vão as coisas, seus novos relacionamentos... Ok, fofinho da parte dele, vocês podem pensar. Claro, ainda rola um carinho, ele se preocupa, que bonitinho. Balela!
Como pode ser completamente corriqueiro comentar sobre um suposto affair com aquele com quem você já esteve entre lençóis? Não consigo achar normal! Nunca consegui! Tudo bem que na minha folha corrida 98% das histórias acabaram muito mal. Do tipo “e não volte mais aqui!”. Sou assumidamente rancorosa e tenho sérios problemas para perdoar, melhor dizendo, eu simplesmente não sei como fazer isso. Mas os 2% que ficaram numa boa... queria muito continuar perto.
Ô evolução espiritual, onde estás que não respondes?
Finalmente finito
Eu quis tanto vê-lo aqui na minha casa... Hoje, quando ele entrou, eu só pensava em tirá-lo daqui, assim, como num passe de mágica.
Sobre a morte das borboletas
A felicidade dela por vezes podia ser sentida no estômago. Assim era sempre fácil perceber o nascimento das borboletas a cada pequena alegria que ele proporcionava. As primeiras surgiram meio por acaso. Ela não queria se envolver de verdade com ninguém, muito menos com ele a quem julgava tão interessante. Sabia que corria riscos por ainda não se sentir pronta, curada, completa. Mas, manter o controle das suas emoções, sempre tão rebeldes, não era tarefa das mais simples.
E foi, se deixou levar pelos gestos gentis, algumas palavras doces que volta e meia escapavam da boca do rapaz, sempre muito atento as suas vontades. Como resistir?
Jogou a toalha quando o viu junto aos amigos, o quanto ele era querido por todos. Isso fez a diferença. Na mesma noite ele investiu pesado e se fez irresistíveis aos sentidos da moça. De olhos fechados podia ver os insetos coloridos que já voavam, ficticiamente, fazendo cócegas nas alegres paredes do pequeno estomago. A revoada cresceu nos dias que seguiram.
Algumas poucas semanas depois já não era mais tão perfeita a história. O rapaz já não se mostrava tão gentil e atento. Porém, quando questionado e discurso permanecia o mesmo. E ela sempre crédula nas palavras, resolvei ignorar os fatos.
Mais algumas semanas e veio a terrível morte da primeira borboleta. Contrariando toda sua história pessoal pregressa, a moça desviou todo o seu dia para preparar uma surpresa para ele. Descobriu a localização exata de um tal lugar onde vende uma das iguarias preferidas dela. Se pôs a esperar pela preparação durante mais de uma hora. Para mais tarde ser surpreendida com um simples “não quero isso”, rudemente.
E assim foi. Utilizando essa mesma tática, o rapaz, outrora gentil e atencioso, foi exterminando todas as borboletas que fez nascer durante sua fase de conquista. Não eram poucas, pois, por elas, a moça resistiu meses a fio. Sempre crédula de que tudo não passava de uma fase, como o rapaz costumava dizer quando era questionado por seus atos insanos.