terça-feira, abril 28, 2009

A difícil arte de me concentrar

Tenho inúmeras coisas inacabadas ao meu redor. E não se trata de uma mera figura de linguagem, é literal!

Daqui (minha ilustre cadeirinha de rodinhas com forro azul royal desgastado)posso ver pedaços de flores de feltro ainda sem bordar, outras bordadas esperando o elástico, uma caixa de mosaico sem encerar, as roupas sujas que não podem ir sozinhas para a máquina de lavar, a apostila de italiano com o teste final totalmente em branco, ah, claro, as materinhas do Modices que não finalizei para entregar.

Diante de todas essas coisas e com a total consciência de que elas precisam ser terminadas o quanto antes, eu, subitamente me levanto da cadeirinha e abro uma gaveta sem me lembrar o que fui buscar (coisa que acontece comigo o tempo todo). Desisto de tentar lembrar e fecho a gaveta, mas não consigo. De tão cheia de cacarecos alguma coisa prende e pronto! Uma nova oportunidade se abre.

Volto para a cadeirinha azul e passo mais três horas sentada. Meus velhos handsets (era isso que impedia o fechamento da gaveta) se transformam em simpáticas e inúteis caixinhas de som de papelão. Simpáticas porque ficaram uma graça e inúteis porque os falantes de fones de ouvido tem uma potencia ínfima para serem utilizados como mini caixas de som.

As boas novas são que eu desemperrei a gaveta e diminui a quantidade de cacarecos em seu interior (agora são -2 handsets velhos). A diversão foi descobrir que posso produzir mini caixas de som de papelão (Yes!). O chato é que minha mesa continua repleta de coisas à finalizar.

Nenhum comentário: