terça-feira, fevereiro 10, 2004

O Pro Tools

Ontem acompanhei um workshop sobre áudio no cinema usando o Pro Tools, ou não.

Na platéia cerca de 150 pessoas do ramo debatiam, esclareciam suas dúvidas e criavam outras tantas. No palco, Ronconi (o mais fofo!) e Rodrigo (o mais gato!), além do Astor da Digidesign, fabricante do Pro Tools, se esforçavam para saciar a sede de informação dos tarados da platéia.

A idéia era falar sobre os caminhos do áudio ne mídia cinema, o que, naturalmente, esbarraria na ferramenta Pro Tools, já considerada default no meio. Mas tudo se perdeu no emaranhado de perguntas que as irriquietas mentes apaixonadas formulavam a cada segundo.

Tarados? Sim, todos eles são. Mas o foco de suas taras é mesmo o áudio. Consoles, microfones, caixas e tudo mais que emita, capte, mixe ou aperfeiçoe o som, ah, e que tenha botões, muitos botões, tudo isso tira o sono dos apaixonados rapazes. Uma paixão que faz os olhinhos dos moços brilharem diante de uma telinha com algumas pistas sonoras à mostra. Uma coisa emocionante de se ver.

Quanto a mim, fiquei lá, quietinha no meio de todos eles. Sem entender muita coisa, é claro. O assunto vagava por níveis muito além da minha compreensão, mas ainda assim tirei muito proveito das quase três horas de bate-papo. Pude ver o quanto meu trabalho é importante tb, afinal, escrevo para pessoas que amam muito o que fazem. Saí de lá emocionada e desesperada. O peso sobre meus ombros aumentou substancialmente.

Para fazer arte é preciso muito amor.

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