terça-feira, agosto 08, 2006

Das coisas que faço sem ter porque

E eu estava lá. Parada na saída do Metrô esperando alguém que só vi uma vez há três dias num lugar escuro e lotado de outros tantos estranhos ilustres. Me esforçando para parecer normal.

Foi um bom momento para pensar porque eu estava ali, fazendo aquilo. Porque diabos eu estava perdendo uma tarde da minha vida para ser legal com um completo estranho? Coisa que, até aquele momento, me parecia normal.

E o estranho chegou. Conversamos sobre quase tudo, passeamos, rimos, nos divertimos. Mas ao final do dia ainda tinha a mesma pergunta sem resposta. Porque estar ali? Mas pelo menos não estava sozinha. Ele também partilhava, em silêncio, a mesma dúvida.

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