sábado, agosto 02, 2008

Fato do dia

Hoje, mais uma vez, tentei ser virtualmente outra pessoa. Mas não um outro avatar numa segunda vida, um outro nick de IM. Tentava ser ousada, mau criada, irônica do tipo desagradável, ácida. Sei lá, acho que queria ser virtualmente má, do tipo que diz: “você vai ficar fazendo essas perguntas chatas o tempo todo?”. Eis que eu estava bem no meio da brincadeira e apareceu uma pessoa legal, inteligente e com um papo ótimo. Meu personagem ficou tão sem graça que eu perdi a vontade de brincar. Pedi para a pessoa legal esperar um poquinho, desliguei e voltei com meu nick real. O de pessoa normalmente educada, cordial, certinha, chata. Ele não entendeu nada, mas de tão legal nem questionou muito. Enfim, fiz um novo amigo virtual lá no velho continente, mais um. E assim meu dia ficou mais feliz;-)
Como diria o Orkut: "Enlarge your circle of friends":-)


sexta-feira, agosto 01, 2008

Mensagem subliminar do dia:

Porque mesmo os oceanos dividem os continentes?

Passado, presente, futuro

Dizem por ai que para entender o presente é preciso estudar o passado e para ter um bom futuro o presente precisa ser trabalhado. Ando meio obcecada com esta idéia nos últimos dias. To tentando entender como eu vim parar aqui, nesse presente estranho. Já que um presente estranho pode significar consideravelmente um futuro bizarro.

Talvez seja por isso que dia desses assisti um filme que não via desde minha adolescência e de cara identifiquei um problema: eu sempre escolho o cara errado! No filme, St. Elmo’s Fire, são quatro personagens masculinos com personalidades e estilos completamente diferentes. Um obcecado, um romântico, um louco e outro normal. Eu passei anos cultuando o tipo louco. Tinha um pôster dele na parede do meu quarto. Ele tocava sax, era sex e ficava com todo mundo. Fala sério! Agora percebi, o tipo romântico era o certo. Ele passou anos sem ficar com ninguém porque se apaixonou perdidamente pela namorada do amigo. E quando eles terminam e ele tem finalmente sua chance, se declara. Uau! Isso é muito mais a minha cara.

Na minha ficha corrida tem um ou outro tipo normal e vários tipo louco, mas nenhum tocava sax:-( Passei batida pelos tipo romântico. Acho que isso é um problema.



sábado, junho 21, 2008

Carta aberta

Baby Bonitinho,

O dia passou e vc não ligou. Não escreveu. Não sinalizou. Foi a prova de que você não existe mais. Tive vontade de chorar por conta disso. Na verdade chorei, mas foi só um pouquinho.

Pois é, eu ainda “ti penso”. Mesmo sabendo que você não está mais por aqui, nem por aí, nem em lugar nenhum. Sua existência se resume a minha insólita memória, algumas fotos, emails, anotações tolas num caderninho com imagens do Garfield, uma carta, a “coleira”. Dessa vez eu não fiz uma fogueira. Gosto de ter esses pedaços de você, são provas de que você existiu, uns dias, só para mim. Obrigada por isso!

Lamento não ter sido capaz de te ligar, de saber de você sem sofrer com isso. Ainda não sou tão grande assim. Queria que você ficasse, não necessariamente daquele jeito. Podia ser de outro, mas não deu...ainda não dá. Pela primeira vez tive vontade de ser grande, gente grande de verdade daquelas que compreendem bem tudo que acontece e sabem sempre fazer a coisa certa do jeito certo. Grande para não sentir dor quando ver que sua vida mudou, que tudo passou, que eu passei.

Quando eu crescer vou poder "pedir peitinho" e dizer "baby bonitinho, era tão bom quando você existia".

Beijo com bico e abraço forte forte.

domingo, junho 15, 2008

Sobre o cansaço

Perdera a conta. Por um momento quis saber quantas vezes já havia sentido tal coisa, da mesma maneira, sempre, sempre. Mas logo desistiu. Os números não importavam, os motivo sim. Porque sempre do mesmo jeito?

E outra vez aquela dor lhe corroia o peito. O coração sempre queimando, ardendo. “Como da última vez”. Ela sempre acredita ser a última vez.

Vê-lo sorrindo ao lado dela, abraço, o beijo... Mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de todo o silêncio, de toda a distância, uma grande distância. Para ela é como se nada tivesse passado. Com uma ampulheta sem passagem para areia seus sentimentos contam o tempo. Inexistente. Tem saudade, carinho, paixão...mas o amor ainda é dúvida. Pensa em tudo sem contar o tal do tempo. Sente tudo como se nada fosse passado. E também como sempre sabe que no fundo pode não ser ele, mas também como sempre gostaria que fosse. E segue a vida, mas nem tanto.

Assim sucumbe a dor e chora, mais uma vez, sempre. O cansaço vem depois, junto com a consciência de que nada faz sentido. “Ser assim só desgasta”, sabe bem.

terça-feira, maio 20, 2008

Sobre aquele que nunca vi

Tem lágrimas nos olhos e peito dolorido. Não compreende bem....na verdade não faz o menor sentido, mas sofre. Sofre na realidade por uma história virtual. Todos os sorrisos, calafrios e sensações vinham do imaginário, do intangível. Sabia-se inatingível, mas desejava profundamente ser real, tangível, escolhida.

Faltou coragem para proferir as palvras e se fazer saber. Talvez a história teria um outro fim, seria outra coisa. Divagações inúteis para o momento que a tristeza é exata. Exatamente real.

Mais uma história especial que se finda sem saber-se certa ou errada.

sexta-feira, maio 09, 2008

I'ts over, good luck

Há três anos uma cantora fez a trilha sonora para o início de uma história de amor, pelo menos para mim era uma grande história de amor. A música dela pontuava vários momentos. As letras sempre combinavam perfeitamente nos momentos "fofos" do casal.

Claro, a "história de amor" teve um fim trágico, pelo menos para mim foi um grande fim trágico.

Desse tal fim até hoje passaram-se dois anos, dois meses e 28 dias, e, finalmente, eu consegui entender o tal "fim trágico" da "história de amor". Quem me trouxe à luz da explicação foi a mesma cantora. "Santa ironia!", exclamaria Batman em seu impecável traje negro.

Pois é: i'ts over, good luck!

sábado, abril 26, 2008

Por uma expressão mais plácida

Pode não parecer, mas me preocupo com minha expressão facial. Costumo disfarçar bem minhas emoções reais, mas as expressões já são muito mais difíceis. Chegam a ser involuntárias, imperceptíveis para mim. Elas simplesmente se expressam e eu? Ah, eu sempre acabo vendida quando alguém mais atento nota a clara contradição entre o que eu falo e o que minha face declara. Daí essa minha mania horrorosa de ser sempre sincera, mais do que manda a boa educação.

Na real, sou extremante distraída. Certa vez li em algum lugar (bom exemplo da minha total falta de atenção) que quando estamos com uma expressão plácida somos tratados de uma maneira mais cordial pelas outras pessoas, já que o ser humano tende a reagir instintivamente a esse tipo de estímulo. É tipo aquela máxima do “sorria para o mundo que ele lhe sorrirá de volta”.

Em tempos difíceis passei a me preocupar mais com essa coisa de expressão facial. Antes eu pensava nisso somente quando saía à noite com um grupo de amigas a todas elas eram abordadas (abordadas do tipo assediadas) por alguém e eu não. Sempre pensava: será que fiz cara de casada hoje? Cara de aborrecida? De lésbica? Lésbica tem cara? E por ai iam minhas divagações pós noite zero a zero. Agora a questão é o mau humor matinal, não há expressão plácida possível para mim na parte da manhã. O mundo nunca vai me sorrir antes do meio dia!

A cura está num pequeno aparelho chamado tocador de MP3, ou MP3 Player para os americanófilos mais exigentes. Com os pequenos falantes levemente introduzidos nas minhas cavidades auriculares enviando fantásticas ondas sonoras para meu cérebro aborrecido por ter sido despertado de seu momento mais amado, o sono, o tocador de MP3 é capaz de controlar minha expressão facial de maneira eficaz. E ainda me fazer pagar muitos micos em coletivos e vias públicas, mas isso é assunto para outro post.

Música é meu remédio para todos os males. Na verdade é a paixão que sempre acaba curando minhas dores, sejam elas quais forem. E a música está no topo das minhas grandes paixões.

sexta-feira, abril 25, 2008

Mensagem subliminar da madrugada:

Bisogno vedere per credere
Da infinita série Eu Faço Coisas Sem Sentido

Queria saber explicar porque perdi horas de sono relendo seus bilhetes. Depois de tanto tempo... Você não é mais a mesma pessoa e, de certa forma, eu também não sou. Não faz mesmo nenhum sentido.

Insisto nessa mania estranha de pensar que você é um quebra-cabeças, tipo um Mestre dos Magos da Caverna do Dragão. Que fala por códigos e nunca revela a verdade facilmente. Talvez por isso eu leio, volta e meia, seus velhos escritos endereçados a mim. É claro que traço paralelos e crio teorias, tudo muito embasado. Encho minha caixinha de argumentos para justificar o que meu coração insano tenta dizer à parte realista da minha mente.

quinta-feira, abril 24, 2008

Pensamento da madrugada:

Prego a Dio non lasciare questa vita senza un pò di tutto quello che hai in "Across the Universe"
Da infinita série Eu Faço Coisas Coisas Estranhas

Entrei num blog/diário de um cara estranho. Na verdade ele é até famoso, bem famoso lá nas bandas dele (do outro lado do Atlântico), mas por aqui não passa de um completo estranho. Tinha um post falando de um filme que o tinha emocionado muito. Eu imediatamente baixei o tal filme, assisti e, já de madrugada aqui e mais ainda do outro lado do Atlântico, comentei o post do cara estranho. Escrevi coisas estranhas para ele. Falamos idiomas diferentes e eu não necessariamente escrevo corretamente na lingua dele, mesmo assim eu respondi o post dele e compartilhei, estranhamente, a mesma emoção que ele. O tal filme me fez sentir a mesma coisa estranha que o sujeito estranho que vive no tal país estranho para mim.

terça-feira, abril 22, 2008

Pensamento do dia:

Eu adoro meus amigos
O Segredo?

É de fato uma experiência interessante quando você toma consciência das coisas ao seu redor. Para mim, o ser humano vive num permanente estado de semi-letargia (não estou certa se essa expressão comporta ou não o hífen, mas estou com preguiça de pensar mais profundamente à respeito, então vai com hífen por uma decisão puramente estética), onde quase nada é percebido com devida atenção. Faz muito tempo (leia-se algo tipo pré-adolescência, os fabulosos 12 ou 13 anos) que eu carrego essa teoria comigo e tenho isso como uma das minhas verdades particulares. Com isso em mente há tantos anos é justificável que eu tenha olhos brilhantes quando detecto um “fenômeno” que envolva uma pequena prova dessa minha tese. Há alguns anos um livro trouxe essa minha velha idéia à tona com ares de novidade embolorada. Claro que virou um best-seller! Todo mundo quer saber algo que intitula-se O Segredo.

Toda essa longa introdução foi para comentar um momento do meu dia. Uma mulher, ao passar pelo meu ateliê, entrou e imediatamente perguntou se eu daria aulas de mosaico ali. Eu respondi que sim, mas que não ainda neste momento. “Estamos nos organizando ainda”. Ela emenda um assunto: “Você leu O Segredo?”, eu logo faço uma expressão enfadonha e digo um seco não. Ela: “Faz uns dias que passei por uma loja e vi uns mosaicos lindos e pensei: eu quero aprender a fazer isso. Hoje passo por aqui e encontro você e essa loja linda. É incrível como funciona mesmo!”. Recebe um sorriso meio amarelo de mim. Imediatamente falo com meus botões: “Nossa, ela teve mesmo um momento de alerta”.

Essa coisa de lei da atração nunca foi um segredo para mim, talvez porque nunca acreditei em coincidências. TUDO tem um motivo para acontecer e TODAS as coisas e pessoas estão interligadas de alguma forma, por algum tempo e por algum motivo. O divertido é quando você junta os pedaços e finalmente percebe a imagem que se forma.

Taí porque eu troquei o jornalismo pela arte musiva. Fazendo mosaico entendo porque fiz jornalismo.

segunda-feira, abril 14, 2008

Pinta no pulso

Eu nunca tive uma pinta no meu pulso. Agora tenho uma. Não sei bem quando ela surgiu, mas a percebi depois que você foi embora. Era bem pequenina, cheguei a pensar que se tratava de uma sujeirinha, mas não saiu. Passei a observá-la de tempos em tempos e notei que crescia aos pouquinhos. O fato é que a tal pinta virou um tipo de motivo estúpido para pensar em você. Toda vez que olho para meu pulso e vejo a pinta, lembro que você foi embora.

sábado, abril 05, 2008

Mensagem subliminar do final da tarde:

"Escolher é minha tortura"
De blog para blog

Fui desafiada pelo Ock-Tock, algoz e protetor ao mesmo tempo. Só mesmo uma pessoa má para, me conhecendo bem, me lançar tal desafio: fazer a minha vida em músicas de apenas UMA banda!!!!

Então serei óbvia e usarei a banda da ora, não da gíria paulistana, mas o da ora cronológica. Aquela que toca neste exato momento: Subsonica, uma banda italiana que faz um som mezzo rock, mezzo eletrônico que me agrada muitíssimo, somado à letras políticas, críticas e muito contestadoras e inquietantes. Eles têm aquele jeito estranho de falar do amor, aquele que me incomoda, mas me faz pensar. Ecolla!

1. És homem ou mulher?
Mammifero

2. Descreva-te
Tutti Miei Sbagli

3. O que sentem ou pensam as pessoas sobre você?
Angeles

4. Como descreverias o seu relacionamento anterior?
Nuvole Rapide

5. Como descreves o seu atual relacionamento?
Coriandoli a Natale

6. Onde gostarias de estar agora?
Il Cielo su Torino

7. O que pensas a respeito do amor?
Salto nel Vuoto

8. Como é a sua vida?
Discolabirinto

9. O que pediria se pudesse realizar um desejo?
Mocrochip Emozionale

10. Uma frase:
Nuova Ossessione
Necessidade de ser/fazer diferente

Retirei os anéis e o cordão. As fotos foram para o fundo da gaveta. Pintei meu cabelo. O que mais preciso fazer para entender que tudo mudou?

Reflexão do dia:

Quantas vezes é possível chorar pelo mesmo defunto?