domingo, dezembro 21, 2008

Faxina

Limpando um pouco a mesa do meu centro de entretenimento particular (leia-se meu quarto) resolvi jogar fora meus velhos bloquinhos de anotação. Tenho vários que compõem uma bizarra coleção. Estão acabados, sujos e sem páginas limpas. Mas ficam sempre perambulando pelos meus guardados. Hoje resolvi limpar um pouco essa sujeira história e encontrei algumas anotações interessantes. Tipo meu balancete das ultimas férias (em 2005!); rascunho de bilhete para o pior ex, quando ainda era atual; telefones e emails de pessoas que eu nem imagino mais quem sejam e muitas idéias para textos. Tudo devidamente picotado e jogado no lixo. Um textinho me chamou atenção. Não tem data e eu claramente não me lembro quando escrevi, mas tenho uma vaga idéia do personagem principal da reflexão.

"Sentimentos que eu não saberia viver sem

Passo tanto tempo sozinha que viver sem sentir saudades seria impossível. Sinto saudades o tempo todo e, às vezes chega a ser gostoso. Como hoje cedo, quando ouvi uma musica e lembrei dele. Bateu uma saudade tão profunda e doce que fiquei emocionada. Suspirei fundo e corri para o Orkut para expressar o que sentia.
Por vezes maldigo minha solidão, mas preciso pensar nela com mais carinho. Além de ser minha companheira mais fiel, devo a ela meus melhores momentos de inspiração, meus silêncios mais profundos e minhas lágrimas mais sinceras."




quarta-feira, dezembro 10, 2008

Os sinais

Entro na loja de produtos naturais e a mocinha sorridente me aborda cheia de convicção:

“Boa tarde senhora. Aceita um suco de inhame com hortelã e limão?”
Claro que fui incapaz de pronunciar qualquer palavra, mas minha expressão disse muito a simpática moça que pediu desculpas e se retirou rapidamente do meu raio de visão.

Chego em casa e abro uma de minhas caixas de email e está lá: rementente Ludy Ferreira, assunto Vestidos de Noiva?!?
“OLA NOIVA !
PARA VOCÊ QUE NÃO ME CONHECE!!!
SOU UM DESIGNER DE MODA NA CIDADE DE CAMPINAS, ONDE EXECUTO UM TRABALHO DE CONFECÇÃO DE VESTIDOS DE NOIVA E FESTA. O MOTIVO DO MEU CONTATO É PARA VOCÊ QUE AINDA NÃO TEM O SEU TÃO SONHADO "VESTIDO DE NOIVA". “

Então ta, se alguém entender por favor me explique.

terça-feira, dezembro 09, 2008

O Plágio

Só para constar. Ouvi Viva La Vida do Coldplay uma dezena de vezes, todas devidamente intercaladas por If I Culd Fly do Satriani. Na boa? Satriani viajou!

Complicado esse papo de plágio hoje em dia. Não dá para sair por ai acusando uma banda nova por causa de pequenas semelhanças em determinados acordes de um veterano. Satriani é O CARA. Ele faz musica desde que os caras do Coldplay estavam brincando de Comandos em Ação. Impossível controlar a mente para não repetir um acorde baseado em algum som que ouvimos no passado. Claro, eu não sou compositora nem nenhuma expert no assunto. Não posso julgar com precisão tal fato. Mas digo, com base em meus muitos anos (algo em torno de mais de 35) de audição musical, que deve ser complicado não dar uma “chupadinha” básica no som de algum mestre no assunto.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Novo Office

Mudei meu Office para versão 2007. Depois de anos usando a vesão XP resolvi evoluir um pouco;-)

Mas sabe que ta complicado de me adaptar? Esse layout a La Windows Vista é bem esquisito (sim, eu ainda sou uma das teimosas usuárias do XP). Tudo muito diferente, “muderno” e com aquela interatividade burra que só a Microsoft é capaz de proporcionar.
Eu, do alto do meu AMD de 1000, posso dizer que sou tecnologicamente muito conservadora, Ainda uso o Outllok Express 6 e simplesmente morro de saudades da florzinha do ICQ. Simplesmente não sei o que será de mim quando meu AMD me deixar:-(

domingo, novembro 30, 2008

quarta-feira, agosto 06, 2008

Mensagem subliminar do dia:

My body is a museum

Da série auto-análise – A Ansiedade

De zero a dez eu qualificaria a ansiedade um problema de grau oito. Sim, muito grave!

Nos encontramos ao acaso, foi ótimo. Batemos um papo nota dez. Claro que quero mais, mas porque tem que ser para ontem? Me pediram uma ajuda, beleza. Tenho dois contatos que podem resolver, mas para que preciso mandar dez emails para mais dez pessoas falando à respeito?

Ainda não entendo bem os mecanismos da ansiedade. À primeira vista parece uma coisa gerada pela falta de coisas para fazer. Tipo ócio, tempo livre. A pessoa fica com a cabeça livre para pensar excessivamente em determinado evento ou se aplicar demais em alguma tarefa nova. Pode até ser, mas nem sempre é assim. Já me peguei inúmeras vezes fazendo mil coisas durante o dia (mosaicos, bordados, crochê, limpeza, brincando com o cão) e com uma idéia fixa na cabeça a ponto de checar o email via WAP a cada 15 minutos! Particularmente a ansiedade é uma vontade extrema de passar logo para a próxima página, a próxima etapa, o próximo evento. 

Dizem por aí que a ansiedade é gerada por uma mente acelerada. Faz sentido. Tanto que, imediatamente após escrever essa frase, eu já formulei uma conclusão fantasiosa: “preciso de freios ABS cerebrais”.


terça-feira, agosto 05, 2008

Mensagem subliminar do dia:

"Não precisa ser de novo assim tudo igual"

Enquanto isso em Paris....

O metro parisiense lançou moda na Europa ao oferecer aos seus passageiros a possibilidade de um segundo encontro. A empresa elaborou um site onde é possível deixar recados para aquelas almas solitárias que se esbarram nos vagões e plataformas a toda hora.

Desde o seu lançamento, em fevereiro de 2007, o site já registrou cerca de três milhões e cem mil mensagens. Um número significativo para quem gosta de analisar a personalidade das sociedades. Isso pode significar, por exemplo, que os parisienses são mesmo muito românticos e não resistem aos apelos de uma troca de olhares. Ou ainda que o desejo de contato humano está aumentando frente às facilidades das conexões virtuais. Ou simplesmente é mais uma oportunidade para as pessoas fazerem sexo. O que, segundo um amigo muito próximo e respeitado pelas suas visões polemicas da vida, é o objetivo principal de qualquer ser humano (humpf!).

Os recados deixados no site ilustram bem o parágrafo acima. São encontros furtivos: “Às 3, na S41: você desceu, usava uma sexy calça preta e blusa vermelha, cabelos loiros e longos. Desviou da minha bicicleta. Não penso em mais nada além de você.”; “3 horas. Embarcou na Lepoldplatz. Muito provavelmente você é árabe, usava um short azul da Nike. Achei você muito doce. Dê um sinal”. Alguns marcantes; “Quando as portas se fecharam, eu cai encima de você. Pisei no seu pé, minha bolsa caiu e você me ajudou a recolher as cenouras e tomates. Eu sai te olhando nos olhos, sem dizer nada”; “Você me ofereceu o lugar. Depois ficamos os dois de pé. Você acariciou minha mão. Desceu em Châtelet, e eu na Rer”. E aqueles que tiram o sono há tempos: “Te observo há algumas semanas quando vai para o trabalho. Desce na Auber, linha 9. Sentamos perto muitas vezes. Você já me notou?”.

No site, Paribulle, é possível deixar os recados públicos ou particulares, com fotos ou não. E a novidade já desembarcou com sucesso também em Berlin. 

A brincadeira parece ser bem divertida. Até eu que quase nunca pego o metro já tive vontade de rever um tipo interessante que dividiu o mesmo vagão comigo por alguns minutos.


segunda-feira, agosto 04, 2008

Deu no jornal (edição de hoje!)

Uma mãe permite que seu filho de dois anos seja fotografado com cigarro na boca um revólver calibre 38 nas mãos. As fotos estavam no celular dela que, depois de presa, disse não entender a gravidade da coisa. Outra mãe matou o filho de 35 dias asfixiado. O pai chegou em casa e a encontrou dormindo de bruços por cima do bebê. A mãe admitiu ter ingerido um pouco de bebida alcoólica antes de amamentar o bebê. A policia encontrou duas garrafas de cachaça vazias na casa. E uma família esqueceu a filha de três anos numa loja de um aeroporto. Só se deram conta do ocorrido depois que o piloto anunciou que uma criança fora encontrada. Isso depois de 45 minutos de vôo.

E tem gente que ainda acha absurdo uma escritora escrever um livro com 40 razões para não ter um filho.


Pensamento da madrugada

As pessoas que estão ficando vazias ou eu que estou precisando que elas me dêem muito mais?

domingo, agosto 03, 2008

Da série Coisas Que Eu Detesto

Odeio quando eu vejo um filme e não entendo nada! Acabou de acontecer com The Life Before Her Eyes com a Uma Turman.

Se você viu, por favor, me explique!

sábado, agosto 02, 2008

Fato do dia

Hoje, mais uma vez, tentei ser virtualmente outra pessoa. Mas não um outro avatar numa segunda vida, um outro nick de IM. Tentava ser ousada, mau criada, irônica do tipo desagradável, ácida. Sei lá, acho que queria ser virtualmente má, do tipo que diz: “você vai ficar fazendo essas perguntas chatas o tempo todo?”. Eis que eu estava bem no meio da brincadeira e apareceu uma pessoa legal, inteligente e com um papo ótimo. Meu personagem ficou tão sem graça que eu perdi a vontade de brincar. Pedi para a pessoa legal esperar um poquinho, desliguei e voltei com meu nick real. O de pessoa normalmente educada, cordial, certinha, chata. Ele não entendeu nada, mas de tão legal nem questionou muito. Enfim, fiz um novo amigo virtual lá no velho continente, mais um. E assim meu dia ficou mais feliz;-)
Como diria o Orkut: "Enlarge your circle of friends":-)


sexta-feira, agosto 01, 2008

Mensagem subliminar do dia:

Porque mesmo os oceanos dividem os continentes?

Passado, presente, futuro

Dizem por ai que para entender o presente é preciso estudar o passado e para ter um bom futuro o presente precisa ser trabalhado. Ando meio obcecada com esta idéia nos últimos dias. To tentando entender como eu vim parar aqui, nesse presente estranho. Já que um presente estranho pode significar consideravelmente um futuro bizarro.

Talvez seja por isso que dia desses assisti um filme que não via desde minha adolescência e de cara identifiquei um problema: eu sempre escolho o cara errado! No filme, St. Elmo’s Fire, são quatro personagens masculinos com personalidades e estilos completamente diferentes. Um obcecado, um romântico, um louco e outro normal. Eu passei anos cultuando o tipo louco. Tinha um pôster dele na parede do meu quarto. Ele tocava sax, era sex e ficava com todo mundo. Fala sério! Agora percebi, o tipo romântico era o certo. Ele passou anos sem ficar com ninguém porque se apaixonou perdidamente pela namorada do amigo. E quando eles terminam e ele tem finalmente sua chance, se declara. Uau! Isso é muito mais a minha cara.

Na minha ficha corrida tem um ou outro tipo normal e vários tipo louco, mas nenhum tocava sax:-( Passei batida pelos tipo romântico. Acho que isso é um problema.



sábado, junho 21, 2008

Carta aberta

Baby Bonitinho,

O dia passou e vc não ligou. Não escreveu. Não sinalizou. Foi a prova de que você não existe mais. Tive vontade de chorar por conta disso. Na verdade chorei, mas foi só um pouquinho.

Pois é, eu ainda “ti penso”. Mesmo sabendo que você não está mais por aqui, nem por aí, nem em lugar nenhum. Sua existência se resume a minha insólita memória, algumas fotos, emails, anotações tolas num caderninho com imagens do Garfield, uma carta, a “coleira”. Dessa vez eu não fiz uma fogueira. Gosto de ter esses pedaços de você, são provas de que você existiu, uns dias, só para mim. Obrigada por isso!

Lamento não ter sido capaz de te ligar, de saber de você sem sofrer com isso. Ainda não sou tão grande assim. Queria que você ficasse, não necessariamente daquele jeito. Podia ser de outro, mas não deu...ainda não dá. Pela primeira vez tive vontade de ser grande, gente grande de verdade daquelas que compreendem bem tudo que acontece e sabem sempre fazer a coisa certa do jeito certo. Grande para não sentir dor quando ver que sua vida mudou, que tudo passou, que eu passei.

Quando eu crescer vou poder "pedir peitinho" e dizer "baby bonitinho, era tão bom quando você existia".

Beijo com bico e abraço forte forte.

domingo, junho 15, 2008

Sobre o cansaço

Perdera a conta. Por um momento quis saber quantas vezes já havia sentido tal coisa, da mesma maneira, sempre, sempre. Mas logo desistiu. Os números não importavam, os motivo sim. Porque sempre do mesmo jeito?

E outra vez aquela dor lhe corroia o peito. O coração sempre queimando, ardendo. “Como da última vez”. Ela sempre acredita ser a última vez.

Vê-lo sorrindo ao lado dela, abraço, o beijo... Mesmo depois de tanto tempo, mesmo depois de todo o silêncio, de toda a distância, uma grande distância. Para ela é como se nada tivesse passado. Com uma ampulheta sem passagem para areia seus sentimentos contam o tempo. Inexistente. Tem saudade, carinho, paixão...mas o amor ainda é dúvida. Pensa em tudo sem contar o tal do tempo. Sente tudo como se nada fosse passado. E também como sempre sabe que no fundo pode não ser ele, mas também como sempre gostaria que fosse. E segue a vida, mas nem tanto.

Assim sucumbe a dor e chora, mais uma vez, sempre. O cansaço vem depois, junto com a consciência de que nada faz sentido. “Ser assim só desgasta”, sabe bem.

terça-feira, maio 20, 2008

Sobre aquele que nunca vi

Tem lágrimas nos olhos e peito dolorido. Não compreende bem....na verdade não faz o menor sentido, mas sofre. Sofre na realidade por uma história virtual. Todos os sorrisos, calafrios e sensações vinham do imaginário, do intangível. Sabia-se inatingível, mas desejava profundamente ser real, tangível, escolhida.

Faltou coragem para proferir as palvras e se fazer saber. Talvez a história teria um outro fim, seria outra coisa. Divagações inúteis para o momento que a tristeza é exata. Exatamente real.

Mais uma história especial que se finda sem saber-se certa ou errada.

sexta-feira, maio 09, 2008

I'ts over, good luck

Há três anos uma cantora fez a trilha sonora para o início de uma história de amor, pelo menos para mim era uma grande história de amor. A música dela pontuava vários momentos. As letras sempre combinavam perfeitamente nos momentos "fofos" do casal.

Claro, a "história de amor" teve um fim trágico, pelo menos para mim foi um grande fim trágico.

Desse tal fim até hoje passaram-se dois anos, dois meses e 28 dias, e, finalmente, eu consegui entender o tal "fim trágico" da "história de amor". Quem me trouxe à luz da explicação foi a mesma cantora. "Santa ironia!", exclamaria Batman em seu impecável traje negro.

Pois é: i'ts over, good luck!