sábado, janeiro 17, 2009

Finalmente finito

Sabe quando você passa meses sonhando com uma coisa e daí ela finalmente acontece justamente quando não importa mais?Pois é, essas ironias do destino são sempre tão desgastantes. 

Eu quis tanto vê-lo aqui na minha casa... Hoje, quando ele entrou, eu só pensava em tirá-lo daqui, assim, como num passe de mágica. 

Como as pessoas mudam... Como os sentimentos acabam...

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Sobre a morte das borboletas

A felicidade dela por vezes podia ser sentida no estômago. Assim era sempre fácil perceber o nascimento das borboletas a cada pequena alegria que ele proporcionava. As primeiras surgiram meio por acaso. Ela não queria se envolver de verdade com ninguém, muito menos com ele a quem julgava tão interessante. Sabia que corria riscos por ainda não se sentir pronta, curada, completa. Mas, manter o controle das suas emoções, sempre tão rebeldes, não era tarefa das mais simples.

E foi, se deixou levar pelos gestos gentis, algumas palavras doces que volta e meia escapavam da boca do rapaz, sempre muito atento as suas vontades. Como resistir?

Jogou a toalha quando o viu junto aos amigos, o quanto ele era querido por todos. Isso fez a diferença. Na mesma noite ele investiu pesado e se fez irresistíveis aos sentidos da moça. De olhos fechados podia ver os insetos coloridos que já voavam, ficticiamente, fazendo cócegas nas alegres paredes do pequeno estomago. A revoada cresceu nos dias que seguiram.

Algumas poucas semanas depois já não era mais tão perfeita a história. O rapaz já não se mostrava tão gentil e atento. Porém, quando questionado e discurso permanecia o mesmo. E ela sempre crédula nas palavras, resolvei ignorar os fatos.

Mais algumas semanas e veio a terrível morte da primeira borboleta. Contrariando toda sua história pessoal pregressa, a moça desviou todo o seu dia para preparar uma surpresa para ele. Descobriu a localização exata de um tal lugar onde vende uma das iguarias preferidas dela. Se pôs a esperar pela preparação durante mais de uma hora. Para mais tarde ser surpreendida com um simples “não quero isso”, rudemente.

E assim foi. Utilizando essa mesma tática, o rapaz, outrora gentil e atencioso, foi exterminando todas as borboletas que fez nascer durante sua fase de conquista. Não eram poucas, pois, por elas, a moça resistiu meses a fio. Sempre crédula de que tudo não passava de uma fase, como o rapaz costumava dizer quando era questionado por seus atos insanos.

Uma noite, exausta das humilhações que ele proporcionou, a moça finalmente viu morrer sua última borboleta. Chorou por cada uma delas lembrando que nasceram contra sua vontade, mas cheias de esperanças de que tudo seria belo. E viu chegar ao fim mais uma estória de enganos. Mais uma passagem cheia de equívocos, onde ela escolheu acreditar nas palavras ditas e ignorar os fatos.

sábado, dezembro 27, 2008

Noção

Existem tantas coisas que acontecem, aparecem, esbarram, entram e ficam na gente que às vezes é difícil administrar tudo. E freqüentemente estamos por ai literalmente entornando o caldo em alguém ou alguma coisa.

Ah, sim, tive meu momento de caldo entornado em alguém recentemente, ou você acha mesmo que os posts brotam sem sementes? Boh!

A coisa toda fica lá escondida em algum buraco vazio na sua cabeça. Por vezes passeia até o coração ou algum outro órgão vital do seu corpo criando um mal estar generalizado. O pior é quando a coisa toma forma, domina palavras e pronto! Coloca muitas outras coisas bacanas no chão. O problema é que assim, disfarçada de coisa qualquer, a coisa ruim fica dentro de você tempo demais sem que você tenha noção. E, seguindo a teoria do tomate podre na caixa, vai contaminando o resto ao seu redor sem que você se de conta. Daí vem a clássica pergunta: porque diabos eu estou fazendo isso?

Bem, muitas vezes me disseram que essas coisas são muito simples de serem resolvidas. Tipo: basta detectar e ele desaparece. Como uma dessas coisas encantadas de desenhos animados ou histórias infantis. Claro que nunca acreditei nessa simplicidade toda, mas também nunca desisti de tentar. Nha!

E foi assim que cheguei até este post, ou momento se você for um leitor tradicional e avesso a tecnologia. Fiquei pensando exaustivamente numa coisa que há algum tempo vem dando errado, mas que na verdade quero que dê certo e acredito muito que possa dar certo. E tentando descobrir porque está sempre dando tudo errado cheguei finalmente na tal coisa raiz do problema. E não é que se fez a luz? Sic!

Alguma coisa mudou mesmo dentro de mim. Não sei se a tal coisa realmente desapareceu depois que eu a descobri, mas eu me sinto bem melhor. Consigo ver tudo de um jeito mais claro e tenho um novo ânimo para tentar dar certo mais uma vez. 

Tô cheia de noção;-)

sexta-feira, dezembro 26, 2008

domingo, dezembro 21, 2008

O tempo

Oito dias. Esse é o tempo que descobri a ausência do sentimento. Essa verdade me atormenta noite e dia. Simplesmente não consegui conviver com ela e hoje, o oitavo dia, sucumbi. Apelei. Joguei a toalha. Levantei a mão. O tempo se fez necessário.

Sinto muito...não deu para mim.


Faxina

Limpando um pouco a mesa do meu centro de entretenimento particular (leia-se meu quarto) resolvi jogar fora meus velhos bloquinhos de anotação. Tenho vários que compõem uma bizarra coleção. Estão acabados, sujos e sem páginas limpas. Mas ficam sempre perambulando pelos meus guardados. Hoje resolvi limpar um pouco essa sujeira história e encontrei algumas anotações interessantes. Tipo meu balancete das ultimas férias (em 2005!); rascunho de bilhete para o pior ex, quando ainda era atual; telefones e emails de pessoas que eu nem imagino mais quem sejam e muitas idéias para textos. Tudo devidamente picotado e jogado no lixo. Um textinho me chamou atenção. Não tem data e eu claramente não me lembro quando escrevi, mas tenho uma vaga idéia do personagem principal da reflexão.

"Sentimentos que eu não saberia viver sem

Passo tanto tempo sozinha que viver sem sentir saudades seria impossível. Sinto saudades o tempo todo e, às vezes chega a ser gostoso. Como hoje cedo, quando ouvi uma musica e lembrei dele. Bateu uma saudade tão profunda e doce que fiquei emocionada. Suspirei fundo e corri para o Orkut para expressar o que sentia.
Por vezes maldigo minha solidão, mas preciso pensar nela com mais carinho. Além de ser minha companheira mais fiel, devo a ela meus melhores momentos de inspiração, meus silêncios mais profundos e minhas lágrimas mais sinceras."




quarta-feira, dezembro 10, 2008

Os sinais

Entro na loja de produtos naturais e a mocinha sorridente me aborda cheia de convicção:

“Boa tarde senhora. Aceita um suco de inhame com hortelã e limão?”
Claro que fui incapaz de pronunciar qualquer palavra, mas minha expressão disse muito a simpática moça que pediu desculpas e se retirou rapidamente do meu raio de visão.

Chego em casa e abro uma de minhas caixas de email e está lá: rementente Ludy Ferreira, assunto Vestidos de Noiva?!?
“OLA NOIVA !
PARA VOCÊ QUE NÃO ME CONHECE!!!
SOU UM DESIGNER DE MODA NA CIDADE DE CAMPINAS, ONDE EXECUTO UM TRABALHO DE CONFECÇÃO DE VESTIDOS DE NOIVA E FESTA. O MOTIVO DO MEU CONTATO É PARA VOCÊ QUE AINDA NÃO TEM O SEU TÃO SONHADO "VESTIDO DE NOIVA". “

Então ta, se alguém entender por favor me explique.

terça-feira, dezembro 09, 2008

O Plágio

Só para constar. Ouvi Viva La Vida do Coldplay uma dezena de vezes, todas devidamente intercaladas por If I Culd Fly do Satriani. Na boa? Satriani viajou!

Complicado esse papo de plágio hoje em dia. Não dá para sair por ai acusando uma banda nova por causa de pequenas semelhanças em determinados acordes de um veterano. Satriani é O CARA. Ele faz musica desde que os caras do Coldplay estavam brincando de Comandos em Ação. Impossível controlar a mente para não repetir um acorde baseado em algum som que ouvimos no passado. Claro, eu não sou compositora nem nenhuma expert no assunto. Não posso julgar com precisão tal fato. Mas digo, com base em meus muitos anos (algo em torno de mais de 35) de audição musical, que deve ser complicado não dar uma “chupadinha” básica no som de algum mestre no assunto.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Novo Office

Mudei meu Office para versão 2007. Depois de anos usando a vesão XP resolvi evoluir um pouco;-)

Mas sabe que ta complicado de me adaptar? Esse layout a La Windows Vista é bem esquisito (sim, eu ainda sou uma das teimosas usuárias do XP). Tudo muito diferente, “muderno” e com aquela interatividade burra que só a Microsoft é capaz de proporcionar.
Eu, do alto do meu AMD de 1000, posso dizer que sou tecnologicamente muito conservadora, Ainda uso o Outllok Express 6 e simplesmente morro de saudades da florzinha do ICQ. Simplesmente não sei o que será de mim quando meu AMD me deixar:-(

domingo, novembro 30, 2008

quarta-feira, agosto 06, 2008

Mensagem subliminar do dia:

My body is a museum

Da série auto-análise – A Ansiedade

De zero a dez eu qualificaria a ansiedade um problema de grau oito. Sim, muito grave!

Nos encontramos ao acaso, foi ótimo. Batemos um papo nota dez. Claro que quero mais, mas porque tem que ser para ontem? Me pediram uma ajuda, beleza. Tenho dois contatos que podem resolver, mas para que preciso mandar dez emails para mais dez pessoas falando à respeito?

Ainda não entendo bem os mecanismos da ansiedade. À primeira vista parece uma coisa gerada pela falta de coisas para fazer. Tipo ócio, tempo livre. A pessoa fica com a cabeça livre para pensar excessivamente em determinado evento ou se aplicar demais em alguma tarefa nova. Pode até ser, mas nem sempre é assim. Já me peguei inúmeras vezes fazendo mil coisas durante o dia (mosaicos, bordados, crochê, limpeza, brincando com o cão) e com uma idéia fixa na cabeça a ponto de checar o email via WAP a cada 15 minutos! Particularmente a ansiedade é uma vontade extrema de passar logo para a próxima página, a próxima etapa, o próximo evento. 

Dizem por aí que a ansiedade é gerada por uma mente acelerada. Faz sentido. Tanto que, imediatamente após escrever essa frase, eu já formulei uma conclusão fantasiosa: “preciso de freios ABS cerebrais”.


terça-feira, agosto 05, 2008

Mensagem subliminar do dia:

"Não precisa ser de novo assim tudo igual"

Enquanto isso em Paris....

O metro parisiense lançou moda na Europa ao oferecer aos seus passageiros a possibilidade de um segundo encontro. A empresa elaborou um site onde é possível deixar recados para aquelas almas solitárias que se esbarram nos vagões e plataformas a toda hora.

Desde o seu lançamento, em fevereiro de 2007, o site já registrou cerca de três milhões e cem mil mensagens. Um número significativo para quem gosta de analisar a personalidade das sociedades. Isso pode significar, por exemplo, que os parisienses são mesmo muito românticos e não resistem aos apelos de uma troca de olhares. Ou ainda que o desejo de contato humano está aumentando frente às facilidades das conexões virtuais. Ou simplesmente é mais uma oportunidade para as pessoas fazerem sexo. O que, segundo um amigo muito próximo e respeitado pelas suas visões polemicas da vida, é o objetivo principal de qualquer ser humano (humpf!).

Os recados deixados no site ilustram bem o parágrafo acima. São encontros furtivos: “Às 3, na S41: você desceu, usava uma sexy calça preta e blusa vermelha, cabelos loiros e longos. Desviou da minha bicicleta. Não penso em mais nada além de você.”; “3 horas. Embarcou na Lepoldplatz. Muito provavelmente você é árabe, usava um short azul da Nike. Achei você muito doce. Dê um sinal”. Alguns marcantes; “Quando as portas se fecharam, eu cai encima de você. Pisei no seu pé, minha bolsa caiu e você me ajudou a recolher as cenouras e tomates. Eu sai te olhando nos olhos, sem dizer nada”; “Você me ofereceu o lugar. Depois ficamos os dois de pé. Você acariciou minha mão. Desceu em Châtelet, e eu na Rer”. E aqueles que tiram o sono há tempos: “Te observo há algumas semanas quando vai para o trabalho. Desce na Auber, linha 9. Sentamos perto muitas vezes. Você já me notou?”.

No site, Paribulle, é possível deixar os recados públicos ou particulares, com fotos ou não. E a novidade já desembarcou com sucesso também em Berlin. 

A brincadeira parece ser bem divertida. Até eu que quase nunca pego o metro já tive vontade de rever um tipo interessante que dividiu o mesmo vagão comigo por alguns minutos.


segunda-feira, agosto 04, 2008

Deu no jornal (edição de hoje!)

Uma mãe permite que seu filho de dois anos seja fotografado com cigarro na boca um revólver calibre 38 nas mãos. As fotos estavam no celular dela que, depois de presa, disse não entender a gravidade da coisa. Outra mãe matou o filho de 35 dias asfixiado. O pai chegou em casa e a encontrou dormindo de bruços por cima do bebê. A mãe admitiu ter ingerido um pouco de bebida alcoólica antes de amamentar o bebê. A policia encontrou duas garrafas de cachaça vazias na casa. E uma família esqueceu a filha de três anos numa loja de um aeroporto. Só se deram conta do ocorrido depois que o piloto anunciou que uma criança fora encontrada. Isso depois de 45 minutos de vôo.

E tem gente que ainda acha absurdo uma escritora escrever um livro com 40 razões para não ter um filho.


Pensamento da madrugada

As pessoas que estão ficando vazias ou eu que estou precisando que elas me dêem muito mais?

domingo, agosto 03, 2008

Da série Coisas Que Eu Detesto

Odeio quando eu vejo um filme e não entendo nada! Acabou de acontecer com The Life Before Her Eyes com a Uma Turman.

Se você viu, por favor, me explique!

sábado, agosto 02, 2008

Fato do dia

Hoje, mais uma vez, tentei ser virtualmente outra pessoa. Mas não um outro avatar numa segunda vida, um outro nick de IM. Tentava ser ousada, mau criada, irônica do tipo desagradável, ácida. Sei lá, acho que queria ser virtualmente má, do tipo que diz: “você vai ficar fazendo essas perguntas chatas o tempo todo?”. Eis que eu estava bem no meio da brincadeira e apareceu uma pessoa legal, inteligente e com um papo ótimo. Meu personagem ficou tão sem graça que eu perdi a vontade de brincar. Pedi para a pessoa legal esperar um poquinho, desliguei e voltei com meu nick real. O de pessoa normalmente educada, cordial, certinha, chata. Ele não entendeu nada, mas de tão legal nem questionou muito. Enfim, fiz um novo amigo virtual lá no velho continente, mais um. E assim meu dia ficou mais feliz;-)
Como diria o Orkut: "Enlarge your circle of friends":-)


sexta-feira, agosto 01, 2008

Mensagem subliminar do dia:

Porque mesmo os oceanos dividem os continentes?

Passado, presente, futuro

Dizem por ai que para entender o presente é preciso estudar o passado e para ter um bom futuro o presente precisa ser trabalhado. Ando meio obcecada com esta idéia nos últimos dias. To tentando entender como eu vim parar aqui, nesse presente estranho. Já que um presente estranho pode significar consideravelmente um futuro bizarro.

Talvez seja por isso que dia desses assisti um filme que não via desde minha adolescência e de cara identifiquei um problema: eu sempre escolho o cara errado! No filme, St. Elmo’s Fire, são quatro personagens masculinos com personalidades e estilos completamente diferentes. Um obcecado, um romântico, um louco e outro normal. Eu passei anos cultuando o tipo louco. Tinha um pôster dele na parede do meu quarto. Ele tocava sax, era sex e ficava com todo mundo. Fala sério! Agora percebi, o tipo romântico era o certo. Ele passou anos sem ficar com ninguém porque se apaixonou perdidamente pela namorada do amigo. E quando eles terminam e ele tem finalmente sua chance, se declara. Uau! Isso é muito mais a minha cara.

Na minha ficha corrida tem um ou outro tipo normal e vários tipo louco, mas nenhum tocava sax:-( Passei batida pelos tipo romântico. Acho que isso é um problema.