segunda-feira, janeiro 03, 2005

Bacana mesmo aquele dia que cruzei com ele por aqui.

Estava assim, meio ocupada, amarrando meu querido All Star quando ele me chamou. "Oi, boa noite", dizia com uma voz tãããão bonita. "Boa noite? Onde você está afinal se aqui a noite ainda não chegou?", respondi descompromissada e irreverente. Ele, sério, disse onde estava e a hora que marcava em seu continente. E lá se foram uns bons 40 minutos de papo agradabilíssimo. Eu estava saída, mas não resisti àquela voz nem aos assuntos propostos um atrás do outro. Conversas inteligentes me fazem esquecer da vida.

Dias depois lá estava ele outra vez com mais assunto. A conversa se estendeu por horas sem perder a graça, tanto que nem liguei se por aqui, no meu continente, o dia já se fazia notar. Seguimos assim por semanas. Encontros esporádicos e inesquecíveis, conversas marcadas pelo medo do futuro político do mundo e da violência urbana, saudades de casa, coisas da vida e até alguma sacanagem, coube de tudo no nosso imenso pacote. Brincamos de sedução, cutucamos nossas imaginações, falamos da intimidade, mesmo sem tê-la. Até que parou.

Não sei quem ele é, não sei como é o seu rosto. Não trocamos fotos, emails, ICQs ou MSNs, nem imagino como encontrá-lo outra vez. Uma pena. Mais de um mês e nenhuma notícia, nenhum encontro casual, ainda assim gosto de brincar de imaginar um rosto para ele. Gosto de olhar as pessoas na rua e escolher um corpo, um andar, um dar de braços ou balançar de cabeça. Chega a ser divertido.

Bom mesmo seria mais um encontro casual, mais conversas sem fim, mais assuntos sem rumo, mais papos sem noção. Muito boa essa amizade sem regras, esse gostar sem tréguas.



Jú, vc deixou saudades.
Apareça!

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