quinta-feira, maio 26, 2005

A porta se abriu!

Depois de muito esperar, ela o vê saindo pela porta. Precisa apertar o passo para alcança-lo, já que a emoção do momento a deixou com os pés pesados como chumbo.

Alguns minutos de silêncio, passadas largas, coração na boca e inúmeros "mini-flashbacks" a conversa tem início. O discurso é bolorento, sem novidades. Assunto exaustivo, os velhos motivos e aquele mesmo jeito de não dizer nada com muitas palavras. Enquanto ele narrava seus atos, as tentativas e acontecimentos dos últimos anos, ela ouvia com jeito de vidente bem sucedida. De alguma maneira todas as novidades dele eram velhas para ela. Era como se um oráculo já tivesse revelado a ela todos os passos que ele dera durante a longa separação dos dois.

Mais uns poucos minutos e tudo é colorido outra vez. Já conseguem sorrir juntos, fazem piadas como nos velhos tempos. A sensação é de que o tempo não passou. Os três anos e toda a mágoa, dor, raiva e ressentimento foram de esvaindo do peito dela. Leve como há tempos não se sentia, ela se despede de pois de poucas horas de conversa sem nenhuma definição.

Porém, em algum lugar está definido que dele ódio nenhum, em tempo algum, ela sentirá.

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