quinta-feira, junho 19, 2003

Novas visões do jornalismo televisivo

Você senta diante da TV para acompanhar uma matéria sobre a polêmica taxa de juros brasileira, sobe, desce ou estabiliza? A expectativa está criada desde o início do novo governo. Tudo bem, isso todo mundo está ciente há meses. A notícia era a queda de 0,5%, a esta altura, já passava das 23h, exaustivamente divulgada e comentada pelos mais diversos telejornais dos demais canais de TV. A solução, talvez possa se caracterizar assim o excesso de criatividade do jornalista ou editor que finalizou a matéria, poderia estar na edição da matéria. O repórter foi até um salão de bilhar para falar das taxas de juros. Não comece a imaginar que os jogadores de sinuca têm curso superior em economia ou coisa semelhante. Eles ilustraram de maneira real a "sinuca" em que os economistas de plantão no governo brasileiro se encontram. Baixar os juros pode significar demissões, mantê-lo ocasionar uma queda maior na qualidade de vida, nas negociações em geral e a temida estagnação do mercado atual. O repórter dizia que o governo não sabia qual bola poderia acertar, enquanto a câmera fechava numa bola qualquer na mesa. Desenvolvendo o pensamento, ele explicava que uma bola certa precisava ser encaçapada, e lá estava o câmera dando um close nas bolinhas coloridas de bilhar. Quando se referiu ao frustrante 0,5%, a câmera estava fechada nas diversas tacadas do jogador, encaçapando algumas bolas. A criatividade não tem mesmo fronteiras.

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