segunda-feira, outubro 24, 2011

Que segredos se escondem no seu abraço?

Faz tempo li numa tirinha do Garfield que é impossível dar um abraço sem ser abraçado. Lembro que na época precisei parar por alguns segundos para visualizar a coisa. E dei razão ao gato laranja. Um abraço acolhe, envolve, esconde, mesmo quando não se quer. É mesmo no abraço que a as mascaras caem.

Se o beijo enlouquece é o abraço que acalma, e a dupla se faz perfeita.

Confesso que já me perdi em alguns abraços e esse poder oculto que me fez pensar no assunto. Acolher alguém junto ao peito é receber no lugar mais especial que se tem. O espaço entre nossos braços tem um quê de sagrado, nosso pequeno universo particular. Recebemos quem mais queremos nesse pedaço de mundo e não cabem ali desafetos. Quando o outro chega para o abraço é sempre um sinal de paz. Bom demais apertar contra o peito quem se quer bem, quem chega e quem vai. Nas melhores lembranças tem sempre muitas cenas de abraços porque é ele quem resolve quando os argumentos se acabam. No fim das contas é dele que se sente falta.

E já que quando as palavras faltam é ele quem resume o assunto, peço lincença ao Gil e mando também “aquele abraço”!


quinta-feira, outubro 20, 2011

Sobre o muro

E tudo fluía como de costume. Desde o primeiro embate, marcado pela afinidade, os dois não se largavam. Um daqueles encontros surpreendentes com ares de comédia romântica. Lugar inusitado, circunstâncias inesperadas e argumentos hilários. E tudo ficou confortável ao primeiro toque.

Conforto era mesmo a palavra chave. Sem se preocupar com o rumo da história eles trilhavam o novo caminho. Encontros furtivos no meio do dia, galerias de arte, caminhadas a beira mar, cafés, banquinhos em vias públicas. Não importava o cenário, o clima era sempre propício a risadas, idéias e novas histórias sobre velhos temas.

O desejo também estava lá em proporções desconcertantes, tanto que fazia rubrar bochechas e arrepiar a pele. E quando finalmente se tornaram um, todo o resto se corroborou: era mesmo um bom encontro!

O brilho nos olhos denunciava e a vontade de estar só crescia. Quando a motivação ficou clara, melhor, foi proferida as primeiras nuvens se pronunciaram. O tempo começou a escassear e o estar já não era mais um verbo tão presente. A história agora tinha uma direção.

Palavras ditas são sempre concretas, tanto que o peso denuncia. Difícil disfarçar, mais ainda carregar. Assim começa a ficar estranho. O concreto vira muro para esconder as reais intenções ou a falta delas. Ela tenta escalar, olhar por cima para ver se tem como pular. Encontra uma pequena brecha por onde pode ver que ele preferiu, simplesmente, encostar e deixar tudo passar.


segunda-feira, outubro 03, 2011

Rock in Rio: Eu também voltei!


Dez anos separam a terceira e a quarta edições cariocas do maior festival de música e entretenimento do  mundo. Nascido no Rio de Janeiro nos idos de 1985, o Rock in Rio deixou o Brasil em 2001 no que se pode considerar uma crise da adolescência. Mergulhado em dívidas, a marca e a ideologia do festival foram buscar novos horizontes na Europa depois de três edições em território nacional. A investida foi feliz e foi em solo lusitano que meu festival favorito germinou e deu frutos. Foram seis edições européias, quatro em Lisboa, Portugal, e duas em Madri, na Espanha. De volta ao ponto de partida, o Rock in Rio cresceu, trouxe seu Palco Mundo, maduro e imponente, e uma Cidade do Rock completamente nova. Dez anos depois são claras as mudanças, os sinais da maturidade. Mas a idéia original permanece: Por Um Mundo Melhor.

Se em 1985 eu fiquei em casa chorando e fiz até greve de fome porque minha mãe não me deixou ir. Em 1991 eu fui para o Maracanã, todos os dias, vender Pringles num estande, só para ver de perto todos os dias de festival. Em 2001 eu encarei um vestibular, onde o assunto era todas as edições passadas do festival. Foram mais de 1000 inscritos de todo o país para 25 vagas de Estagiário do Rock. Fiquei entre os 25 e entrei no time da assessoria de imprensa do festival. Separei press-kits, cotrolei coletivas e organizei as entrevistas exclusivas no backstage na Tenda Brasil. Foram sete dias de muita correria, trabalho duro, comprometimento, aprendizado e felicidade, tudo sob um sol escaldante do verão carioca. E foi ai que o meu mundo começou a ficar melhor.

Entrava no último ano da faculdade de jornalismo e o Rock in Rio foi imprescindível para iniciar minha carreira. O estágio na assessoria me rendeu contatos importantes no mercado. Trabalhei por cinco anos, sempre como repórter ligada a música e entretenimento. Cobri os maiores festivais e shows que aconteceram no Rio, São Paulo, Brasília e Salvador. Fiz resenhas de CDs, tive coluna de música em websites, colaborei para revistas e fiz muitas matérias, grande parte em revistas especializadas em áudio e iluminação. Visitei estúdios, gravadoras, entrevistei muita gente, conheci alguns ídolos e fui até a um VMB. Numa tacada só realizei uma penca de sonhos.

Depois de alguns anos fora do mercado de trabalho e sem saber como voltar, eis que o Rock in Rio resolve retornar ao Brasil. Não podia ser mais perfeito. Eu voltei também e, junto com ele, fiz sucesso. Voltei para a assessoria, dessa vez como profissional. Fiz parte da “equipa” e coloquei meu coração nos sete dias de ralação na nova Cidade do Rock. Mais uma vez fiz a ponte entre imprensa e as estrelas no festival, mas dessa vez não foi apenas em um palco, mas sim em todos. Sei que uma nova era se inicia para nós. Assim como há dez anos, estamos de volta cheios de vontade de dar certo. Estamos maduros, mais profissionais e preparados para o mundo melhor.

terça-feira, julho 26, 2011

Sobre a tentação


Ela não era do tipo que se sentia atraida pelo perigo ou coisas proibidas. Ética, convenções sociais, regras. Tudo isso estava sempre voando dentro de sua cabeça o tempo todo. Mesmo quando a vontade parecia ganhar espaço, o peso dos ditos princípios esmagava tudo. E a batalha interna era travada.

E foi assim quando ele chegou munido de um charme quase irresitível. A medida em que as horas passavam aumentava a vontade, que de tão proibida começava a incomodar.

Ninguém mais parecia se importar e seguiam seus planos. O que para ela eram obstáculos quase intransponíveis, aos olhos dos outros não passavam de meros detalhes a serem ignorados. Ao perceber que seria atropelada enloqueceu em silencio. Se refugiou em desculpas e se fez de surda e muda. Chorou em segredo ao vê-lo seguir um caminho oposto ao seu e desejou, mais secretamente ainda, ser como as outras pessoas que viam apenas o lado prático da vida. Mas a coragem não lhe foi companheira e o jeito foi aceitar a derrota.

Mais difícil que lutar contra um desejo é ir de encontro aos seus prórpios princípios. E ele continuava lá se fazendo notar com singelos sinais de reciprocidade. Por um momento deixou escapar que para ele também era presente o tal desejo. Ela o fazia sim ser tomado por pensamentos impuros.

Perto do fim os dois ficaram de pé na fronteira. Ela se entregou suplicando pela conduta que julgava correta. Ele respondeu a contento mantendo a postura ética compartilhada por ela. Tudo acabou com um forte abraço que deixou uma deliciosa sensação de cumplicidade.

Vaidosa, ela celebrou o divino encontro de iguais.

domingo, julho 10, 2011

O Bolo!


Já levei alguns bolos, coisa normal. Mas faz tanto tempo desde o último que não lembrava mais como era. Na verdade acreditava que no mundo adulto e conectado ao qual pertenço agora isso nem existia mais!

Mas aí ele não apareceu. Depois de esperar pacientemente por 20 minutos, tentei o contato telefonico e, sem resposta, enviei um gentil SMS. Assumi meu bolo e saboreei a entrada. Fiz o pedido do meu prato favorito, afinal tive o cuidado de escolher o restaurante que mais gosto na cidade.

Pouco antes do prato chegar ele resolveu ligar. Atendi e, diante da inacreditável pergunta "vc vai me esperar?", disse gentilmente que aguardava meu jantar chegar. E quando ele finalmente apareceu, meu prato já estava vazio. Ouvi pacientemente a razão do atraso e os insistentes pedidos vãos de desculpa. Terminei meu suco, pedi a sobremesa equanto ele falava e falava. O cafezinho chegou e ele ainda não havia parado de falar. Pedi a conta. Ele pegou e eu disse que era minha, ele insistiu em pagar.

Ao sair do restaurante percebi que ele estava seguro do sucesso da noite, tipo situação contornada e voltamos a programação normal. E nesse momento fui tomada por um prazer profundo ao fazer sinal para o taxi e dizer boa noite;-)

Então fica a dica: quando marcarem o primeiro encontro escolham um lugar familiar e sejam pacientes, assim o sucesso da noite fica totalmente por sua conta, menos a conta do restaurante;-)

quinta-feira, março 24, 2011

Sim, eu sou legal:-)

Sempre que passo aqui no blog para ler meus posts antigos fico tão envolvida. Gosto mesmo das coisas que escrevo e adoro minhas inspirações, mesmo que sejam sempre meio redundantes. A verdade é que me divirto e me emociono comigo mesma. Essa é uma das minhas melhores qualidades.

PRECISO ESCREVER MAIS!
Do que voce tem medo?

Quando a pessoa que voce ama e deseja está lá fora caçando ou tendo intimidades com outras pessoas, do que você tem medo?

Medo de que o seu amor se renda aos apelos carnais dessa outra pessoa?

Medo de que a companhia do estranho seja mais prazerosa do que a sua?

Medo de que o seu lugar seja, enfim, tomado de assalto?

Acho que todos os medos giram em torno de um só, o de perder o objeto do desejo. Mas será mesmo possível perder? A idéia da perda está tão ligada à idéia de amor, de amar, de desejar, que nem sei... Seria só uma fantasia monogâmica criada pelas idéias religiosas que deram origem às convenções sociais???

Porque será que dói tanto a imagem do ser amado nos braços de um outro qualquer?

Hei, tem alguém ai com as respostas?????? Google???

sábado, janeiro 15, 2011

Sobre passaportes e vistos

Era agosto quando o convite pintou. Eu, incrédula, não levei muito à sério. Depois de algumas semanas ele quis saber sobre o passaporte. Estava vencido e decidi, mesmo ainda sem levar fé no convite, renovar. De cara começava o calvário. Naquela semana o sistema da Polícia Federal ficou fora do ar e a tensão começou a se instalar quando vi as datas disponiveis para entrevista no consulado norte americano, cujo a marcação dependia do número do passaporte.

Uma semana tentando consegui agendar a renovação do passaporte. Aeroporto do Galeão às 5h da manhã!!! Dá para imaginar como ficou minha foto. Uma pessoa não fotogênica que acordou às 3h da madrugada. Três dias depois eu vi o resultado. Terei que apresentar esse rosto medonho ao redor do mundo pelos próximos 5 anos!

Passaporte na mão, vamos para o visto. Para começar a negociação R$38,00! Taxa paga você pode verificar as datas disponíveis para entrevista. A este ponto já era outubro e a data mais próxima era 21 de janeiro de 2011!!!! Para quem pretendia viajar em 25 de janeiro isso era uma dose extra de adrenalina. Data garantida começei a pesquisar no google tudo a respeito do assunto. Descobri, por exemplo, que o sistema do consulado é renovado todos os dias por volta das 10h da manhã e às 18h. O ideal é dar plantão no site, especialmente perto desses horários. Foi assim que consegui adiantar a entrevista para dia 5 de janeiro. Mas não antes de pagar mais R$38,00. Sim, para reagendar você precisa fazer um novo pagamento. E esse é só o primeiro!

A vida seguiu e os planos mudaram. A vajem mudou para Julho e depois simplesmente desapareceu do planejamento. Mas eu já havia empatado R$76,00 nessa brincadeira e decidi seguir em frente mesmo sem idéia de quando deixaria o Brasil rumo aos USA.

Finalmente janeiro chegou. Hora de se preparar para a temida entrevista. Mas antes de chegar lá tem o imenso e surpreendente formulário DS-160.  A melhor parte é a final com perguntas do tipo: você já se envolveu ou patrocinou algum terrorista? Eles também pedem uma foto que deve ser enviada online. Claro que a minha foto tinha que ser outra do tipo histórica. Um dia antes, um domingo, sai para jantar no Devassa do Recreio e decidimos experimentar TODOS os drinques do cardápio. Claro que até a manhã de segunda eu ainda estava bêbada! A foto eternizou minha cara de ressaca e na primeira tentativa de carregar a foto a mensagem de erro foi ingrata. Minha cabeça estava muito grande! Pelo menos não estava mais preocupada por ter o visto negado por ser bonita, coisa que muitas mulheres me relataram. Formulário enviado tomei o rumo do Citibank. Lá realizei mais um pagamento, a tal taxa de visto, mais conhecida como pedágio para entrar no consulado, já que, se você esquecer algum documento, precisará pagar outra vez para entregar e, caso tenha o visto negado, não receberá esse dinheiro de volta. O valor é alto U$140,00, que pela cotação do dia deu R$252,00.

Tudo pago e preenchido, hora de reunir a maior quantidade de documentos possivel! Eu não estava muito animada. Depois de ler os relatos online e conversar com as pessoas próximas que tiveram seus vistos negados sem motivos aparentes, eu achava que minhas chances eram mínimas. Não tenho filhos, casa própria, carro ou negócios. Trabalho fora da minha área de formação e ganho salário mínimo. O perfil completo da pessoa desqualificada para visitar o país das maravilhas. Mas fui mesmo assim.
Passaporte, foto feia e confirmação de preenchimento do formulário na mão. Na pasta tudo que eu tinha para comprovar meus vinculos com meu país. Carteira de trabalho, declaração da Receita Federal, contra-cheques e mais todos os documentos do financiador da trip. É impossivel controlar o nervosismo, ninguém gosta de ser testato especialmente quando pretende fazer alguma coisa e precisa de permissão. A espera foi curta, uma hora e já estavam me chamando para tirar as digitais. Mais 20 minutos e a temida entrevista começa. Entreguei meu passaporte e veio a sabatina: para onde voce vai?, já viajou para fora do país?, quanto tempo vai ficar?, quem vai com você?, quanto você ganha?, qual sua profissão?, você tem casa própria?, mora com quem?, qual a profissão do seu pai? Respondi tudo suscintamente, apenas uma palavra, nada mais além da informação solicitada. E no final veio a frase sonhada: “o seu visto foi concedido”, com aquele charme extra do sotaque norte-americano.

Ah sim, não podemos deixar o consulado sem pagar mais uma taxa. R$17,00 para receber o passaporte de volta com o tão sonhado VISTO CONCEDIDO!!!

E ele chegou religiosamente no prazo estipulado de 3 dias úteis. Está aqui na minha gaveta a espera do grande momento de ser exibido para os temidos guardiões da imigração norte-americana. Claro que volta e meia eu abro para dar uma conferida do adesivo que diz: “Visa United States of America”. Parece tão surreal quanto minha foto com um cabeção alcoolizado:-)

terça-feira, setembro 07, 2010

sexta-feira, agosto 20, 2010

A difícil arte de dizer não ( quando tudo que você mais quer é dizer sim)

Definitivamente não sou o tipo de pessoa que esconde o que sente. Nunca fui muito hábil em dissimular quando o que está em jogo são meus sentimentos. Sendo assim dá para imaginar quantas confusões eu já criei ao longo do meu mais de um quarto de século de vida.

Semana passada eu decidi mudar o rumo da história do momento. Essas mudanças criariam alguns nãos extremamente difíceis de serem ditos. Eu tentei evitá-los ao máximo. Me fiz ausente, ocupada, apressada, usei muitos subterfúgios para evitar pronunciar o tão doloroso não.

Hoje já é quase o fim da semana e eu posso dizer que fui vitoriosa na minha fuga. Consegui me manter firme na minha tentativa de mudar a história sem precisar pronunciar NÃO.

Mas isso não me fez nada bem. Sim eu fugi, dei desculpas, sai de mansinho e me esquivei, mas nada disso me fez sentir melhor. Mesmo sem ser pronunciado o não se fez presente em cada olhar, cada pensamento, cada desejo de não estar ali. Você realmente não precisa dizer não para que ele aconteça. Eu não disse, mas não fui quando ele me chamou e doeu mesmo assim. Doeu em mim.

Tive uma semana difícil. Mas estou bem;-)

sábado, agosto 07, 2010

Bilingual question

Speak english is nice. I like and I’m feel very proud of me when I can speak well, something common recently. Every day I speak English, sometimes more than Portuguese. In the last four months English every day.

Few days ago I came back to speak Italian.

Dopo aver parlato per quattro ore con un caro amico ho visto come mi fa bene parlare italiano. Non sò spiegare, ma è qualcosa diverso che succede. Mi divento più rilassada, felice. L’italiano mi lenisce l’anima.

English can be the universal language, però l’italiano per me sarà sempre il lingguagio del cuore.

terça-feira, maio 25, 2010

HTML, XHTML, CSS, Dreamweaver, Fireworks…

A pergunta é simples, mas sempre me assombra. Como começar um website????

A vida parecia simples com o Dreamweaver, mas aí começou o papo sobre CSS e tudo virou um pesadelo. Decidi aprender mais sobre essa coisa toda. Confesso que não achei lá tão complicado. É de fato simples até, um conjunto de regras e comandos que com o tempo somos até capazes de decorar, já que tudo tem lógica e faz sentido entre si. Porém, a conexão entre todas essas linguagens é que está me tirando o sono.

Se antes eu só desenhava no fireworks, fatiava tudo, salvava, abria no dreamweaver e enchia de conteúdo agora eu preciso criar tudo na mão. O Jean me disse no nosso primeiro papo: “pensa no site como um documento de hipertexto”. Isso tá martelando na minha cabeça há mais de um mês! É uma tarefa quase impossível para alguém tão visual como eu! Preciso ter a imagem de referencia, ou seja, tenho que partir do design para o código. Mas como criar um design usando apenas texto, ou seja, códigos????

Enquanto a resposta não vem eu sigo navegando e pesquisando por aqui. Quem sabe eu não tropeço numa fórmula milagrosa?;-)

domingo, abril 25, 2010

Milagres acontecem sim…..todos os dias, em todos os lugares!

Digo isso porque os vejo, os recebo, os aproveito e até os coleciono! Pode parecer exagero ou mentira, mas não é. Pode confiar!

Diz ai que não é milagre receber uma ajuda inesperada de alguém que você nunca viu? E quando você encontra alguém que simplesmente te dá a solução para algo que te perturbava há anos? Viajar para o outro lado do mundo e descobrir que tudo pode ser perfeito como se fosse sua casa. Tudo isso tem ou não cara de milagre?

Milagres são pequenos, quase invisíveis. É preciso atenção para vê-los, sensibilidade para reconhecê-los e coração aberto para aproveitá-los. Eu adoro percebê-los! E sempre tenho um belo sorriso para dizer: “Ah, você está aí! Obrigada;-)”

quinta-feira, abril 22, 2010

Das coisas imutáveis

Ainda existem aquelas palavras que entram pelos ouvidos ou pelos olhos e batem direto no peito. Mesmo depois da compreensão dos sentimentos e da escolha explícita dos caminhos a serem seguidos ainda dói. Ainda posso sentir profundamente. Ainda podem me ferir.

quarta-feira, abril 21, 2010

Euro memories

Meu tempo na Europa foi tão marcante que mesmo depois de sete meses as lembranças ainda surgem vivas na minha memória.
É comum lembrar da brisa gelada das ruas de Milão. Quando a lembrança me vem a cabeça consigo sentir até o cheiro daquele lugar, o barulho das pessoas nos cafés, adoro o jeitão italiano. O mesmo acontece com Malta, com muito mais freqüência já que foi lá que estive por mais tempo. Quando o sol está forte por exemplo, se eu fechar os olhos viajo para lá em segundos. Se ouço algum dos sucessos do verão passado do Black Eye Peace ou Shakira é para as noites de Malta que me transporto, com todos os seus ruídos e perfumes.
Tá legal, a trilha sonora tem mais cara de tortura do que prazer, eu concordo, mas até isso acabou deixando esse momento da minha vida mais marcante ainda. Sinto saudades todos os dias desde então.

sábado, fevereiro 13, 2010

Um novo ângulo para o velho Carnaval

Faz tempo que digo aos quatro ventos que não gosto do Carnaval. Acumulei ao longo dos anos uma boa lista de motivos para abolir do calendário essa tal festa profana. Podia listá-los aqui, mas são tantos que prefiro resumir e citar apenas os mais emblemáticos como, por exemplo, a idéia fixa de que tudo vai acabar na quarta-feira. Essa sensação de fim de mundo que ronda a cidade e toma conta das pessoas é enlouquecedora para mim. Tá legal que a idéia central do carnaval é exatamente essa: quatro dias para ser livre de todas as regras e convenções. Mas sei lá, no final das contas isso é uma utopia insana. Não acho possível viver em comunidade sem ter limites, mesmo que por apenas quatro dias. Beber até cair, agarrar qualquer um que passa, andar pelado por aí, colocar um pênis de borracha no nariz e achar engraçado, fazer xixi nas ruas, ficar espremido no meio de uma multidão com um calor de 50 graus durante horas cantando as mesmas musicas. Na boa, isso não é divertido!

Mas, como absolutamente tudo, tem um outro lado. O samba é de fato um estilo musical memorável. Democrático, informal, contagiante. Não tem como não se emocionar ao ouvir a multidão cantando em coro um samba de Noel ou de Cartola, Chico Buarque, Paulinho da Viola. As baterias das escolas de samba, que são como grandes orquestras onde os surdos tocam dentro da gente, quase no compasso do nosso coração. Dá para perder a pose. O corpo samba mesmo sem saber sambar. A alegria das pessoas nas ruas é tão contagiante que você sorri mesmo sem querer. Os desfiles das escolas de samba que são como grandes óperas a céu aberto. Ver uma história ser contada com musica, pessoas e alegorias em movimento é mágico.
Então foi assim, no meio da repugnância ao clima de fim de mundo, ao calor e as pessoas insanas eu topei trabalhar como repórter de rua nesse carnaval. Constatei o que no fundo eu já sabia: eu sou brasileira e carioca de corpo e alma! Posso não gostar do tumulto, ficar mau humorada com o calor e os bêbados, mas é só o samba esquentar para eu me jogar.

Ficar presa no engarrafamento causado por um carro alegórico dentro do ônibus quando os termômetros marcam 40 graus do lado de fora. Descer no meio da Presidente Vargas e andar debaixo do sol escaldante até encontrar uma estação do Metro aberta. Sair do Metro na Cinelândia depois da passagem do Bola Preta e ter que atravessar aquela multidão suada e alcoolizada pisando de havaianas num chão enlameado de água, cerveja e xixi, perdendo extatos 32 minutos num trajeto que se faz em cinco. Tudo isso para chegar à Lapa, primeiro local de cobertura que já estava lotado duas horas antes do bloco sair. O mau humor já estava atingindo níveis desumanos e nem me permitia sorris para criancinhas fantasiadas de fada! Mas eis que o bloco começa o aquecimento, liga o carro de som e o cantor entoa:

“Agora vou mudar minha conduta, eu vou pra luta pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com a força bruta, pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa e eu pergunto: com que roupa?”

E a multidão responde em coro:

“Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou?”

A cara amarrada se desfez, o corpo respondeu arrepiado e os olhos mareados deixavam claro que aquilo ali era mesmo pura magia.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Fechando mais uma tampa

Chegou ao fim mais uma das minhas investidas nessa vida doida. Refletindo sobre o assunto tenho uma boa lista de acertos e outra, obviamente, de erros. Ainda não comparei uma com a outra, mas a tendência imediata é sempre achar que a de erros é maior. Não me sinto claramente vitoriosa, mas consigo ver minhas pequenas conquistas. Se lá, cada dia que passa fica mais fácil aceitar algumas coisas sem contestar muito. Afinal nem sempre é obrigatória a presença de um culpado. Algumas coisas podem sim ter suas próprias motivações sem que isso dependa necessariamente de nós, pessoas envolvidas no processo.

To triste, but I WILL SURVIVE!

sábado, janeiro 02, 2010


Já se perguntou porque acontecem coisas boas com pessoas ruins?

Não consigo parar de me fazer esta pergunta desde a noite de ano novo. É de fato muito estrando quando você se depara com alguém claramente "não legal" vivendo uma situação bacana. Especialmente quando você, claramente muito legal, está numa fria.

Lugar estranho esse em que vivemos!

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Então foi assim….

….mais uma virada em Copacabana. Este ano especial por causa da segunda Lua Cheia do mês no céu, a grande colher de chá de São Pedro que parou a chuva que caiu na cidade durante todo o dia 30 e mais a manhã do dia 31, a casa nova da Dindinha na quadra da praia, meus três sobrinhos que moram longe e os fogos especiais que contaram uma história no céu de Copa.
Confesso que, mesmo com tudo isso, o ânimo não está dos melhores, mas vai melhorar. Afinal são mais 365 novos dias para fazer tudo mudar de lugar.

Feliz 2010!