domingo, maio 23, 2004

Isso aqui não é um diarinho, mas...

... BH foi bacana, ao menos por um lado. Fui a trabalho, uma tal Audiominas era a pauta. Uma feira, ou congresso (como preferir), de áudio que chega à sua sétima edição. Não quero entrar em detalhes, até pq é assunto de trabalho e, nesse caso, não devo comentar. Mas a feira foi o motivo de minha ida e estada, totalmente contrariada, de seis dias!!!

Nada contra a cidade. Meu pai é de Minas, meus avós, tios e primos moram em BH, mas eu não podia ficar tanto tempo longe de casa. Longe do meu PCzinho, sem trabalhar, atualizar flogs e blog, baixar meus emails e MP3, sem meu cãozinho... Isso tudo é uma tortura p/ minha pessoinha. Já vislumbro uma semana de trabalhos forçados, com três matérias atrasadas, horas de entrevistas para decupar.... Ah, estou fudi...

Mas me diverti! Como costumo dizer, se já estás no inferno, abrace logo o Diabo. E assim foi. Logo na ida, encontrei o Skank e equipe no mesmo vôo. Fomos trocando idéias no avião, eu e os roadies e técnicos, é claro. A banda me olhava meio ressabiada. Foi até engraçado ler na testa dos meninos da banda: "Eu sou o famoso, mas a mina só fala com meu roadie e meu técnico". Sem drama, eu dei um tchauzinho p/ eles antes de ir para o hotel:-) No dia seguinte o programa foi um showzinho com os músicos do Pato Fu num barzinho perto do hotel. "Nada d+", disse o Xandi, batera da banda. Clima bom pacas o lugar.

E mais um dia em BH. Ainda cedo, na feira, o Beto, roadie do Jota Quest, passou lá e me levou para conhecer o estúdio da banda, que fica na "casa" da banda. Logo na frente do casarão, um carreta parada. O equipamento já estava de partida para um show numa cidade próxima a BH. Logo que entrei, conheci o Max, o cão do Jota Quest. Uma versão muuuito gorda do meu bebê Prince. Me acabei de brincar com o gorducho labrador perto da piscina. Beto fez as vezes de guia e saiu me contando estórias dos lugares, a mesa onde rolam os esporros da galera, lugares onde eles fizeram algumas das músicas mais legais da banda. Onde eles guardam instrumentos, onde gravam... Enfim, informações que matariam do coração qualquer fã ardoroso da banda. Paulinho, o batera, estava perdido no seu quartinho separando o que ia levar para o show. Simpático, disse para eu ficar à vontade para conhecer tudo por lá. A casa, imensa, é linda. Fica num dos bairros mais caros de BH. Só lamentei a falta do Buzelin, o moço mais charmoso daquela banda.

Depois do passeio voltei para feira, mas a noite ainda iria bombar loucamente. Jantar com a galera da Elo, Stage, Beyma, Hermes Music e Pride, quem conhece sabe: só gente boa:-) Depois de experimentar uma iguaria típica que atende pelo exótico nome de Mexidão, coisa que me traria seqüelas mais tarde, o jeito foi gastar a energia se jogando na "naite". Todo mundo animado, Café Cancun era o destino. Espremidos em táxis e carros, seguimos nossa peregrinação na noite belohorizontina. Uma fila sem fim na porta do Café Cancun nos fez desistir. Do outro lado da rua, Pop Rock Café tinha tudo que precisávamos, música boa, pessoas bonitas e muita animação. Nos acabamos ao som da banda local Vitrolas. Depois, quase sozinhos na pista de dança, por volta das 3:30h da madrugada, decidimos ir embora.

Um cachorro-quente na rua foi a pedia para quem já havia digerido o mexidão, que não era o meu caso. Voltando para o hotel, passamos na porta da Happy End, alguém lembrou que um amigo era o dono e lá fomos nós conferir a casa. A conferência rendeu mais duas horas de pista de dança bombando e meia garrafa de bom wisky para quem é bom de copo. Por volta das 5:30h estávamos de volta ao hotel, são, salvos, exaustos e, alguns, bêbados.

Quando achei q iria dormir, o mexidão resolveu dar o ar de sua graça e acabar com minha alegria. Passei mal horrores! O dia todinho, umas 12 horas de sofrimento.

Mas não recusei a noitada. Dois comprimidos de Imozec, apelidado carinhosamente pela galera de "pára cú", e lá fui eu em busca da balada perfeita em companhia dos mesmos personagens. Pessoas aparentemente simples, mas de alto escalão no mundo do áudio e da iluminação. Um rolé por aí e, outra vez fechando a noite no Happy End.

E ainda tiveram as bagunças no hotel, a festa rave no estacionamento do shopping, os animados papos nos corredores da feira, as palestras, os músicos que conheci, os técnicos operadores das bandas lá de Minas, meu teste de roadie na desmontagem do estande. Sim, eu também coloquei em prática o que venho aprendendo no curso. Sem a menor cerimônia, enrolei metros de cabos, aparei moving lights, embalei caixas de PA, monitores de chão e subs, subi em box truss, soltei garras de segurança e aprendi muita coisa. Tudo isso com um enorme sorriso no rosto, porque, pode ser estranho, mas isso tudo é muito fascinante.


O meu trabalho é minha maior diversão!

Nenhum comentário: