terça-feira, janeiro 15, 2008

Despedidas e descobertas

A fonte pode não ser lá muito nobre, mas o assunto rendeu.

Saiu o resultado do primeiro paredão no Big Brother. Ah, sim eu sei que naquele programa 85% é combinado, 10% é falsidade e 5% estão dentro da área de atuação das verdades inconseqüentes. Esses 5% sempre me chamam atenção quando me pego desperdiçando meu tempo frente ao televisor. Daí saiu a reflexão para esse post. Uma das candidatas foi pega de surpresa pelas inevitáveis revelações que uma despedida traz. Passei pelo mesmo há algum tempo. Fui surpreendida pela verdadeira profundidade de alguns sentimentos no momento crucial de uma separação. Quando me vi diante do inevitável fim de uma história, um desses finais sem volta, sem chances de uma continuação, percebi o quanto era profunda a ligação. Uma mistura de dor e desespero, de perda e vazio, de medo e impotência.

Envolta nas repetições e novidades cotidianas não é possível se dar conta do valor real de alguém. O momento do fim, da separação, traz à tona os detalhes ocultos pela escuridão do dia-a-dia. Tê-lo sempre ali, dia após dia, rir das bobagens, se estressar com as falhas, se encantar com os detalhes, tudo caminha naturalmente sem se importar com o devido peso. A medida real só chega quando o fim é notório, quando sabemos que não adianta rir que a bobagem não aparecerá, nem se estressar porque aquela falha não se repetirá e nem mesmo haverá um detalhe para garantir o encanto.

Cada dia estou mais atenta. Um dia espero não precisar de uma separação para saber o quanto amo e sou amada.

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