segunda-feira, janeiro 14, 2008

Tema recorrente

Não sei responder quantas vezes falo sobre esse tema em meus escritos, ou quantas vezes leio, ouço ou vejo algo sobre ele. Mas é notório que o amor é uma das coisas mais presentes no meu dia-a-adia, junto com a música e a tecnologia. Assim podemos definir minha trilogia temática particular.

Mas esse post é sobre o amor, mais um, certamente. A motivação veio do filme Control, sobre a vida do Ian Curtis, vocalista e letrista do Joy Division e um dos precursores do movimento pós-punk inglês. Claro que o meu amor tem que ter sempre um pouco de música!

Ian era um cara bacana, pacato, um tipo estranho para a Inglaterra da época, cheia de jovens engajados em movimentos punks e skinheads nacionalistas. Ele falava pouco, ouvia muito e escrevia mais ainda. Poesias em sua maioria. Fazia a linha depressivo, como quase todos os gênios do século XX. Ele casou cedo, vítima de um desses amores sem grandes explicações. Foi escolhido por uma menina e se entregou de corpo e alma. Mas tinha um jeito estranho de amá-la, era uma coisa extremamente particular. Ian não falava dela para ninguém, não a convidava para os shows da banda, nem mesmo comunicou aos amigos que esperava um filho com ela. Era como se ela existisse só para ele. Mas não conseguia imaginar sua vida sem ela. Tanto que, ao se apaixonar por outra, sua saúde frágil começou a ficar mais ameaçada. Com a descoberta da traição e o pedido de separação ele, se sentia incapaz de decidir entre as duas. Amava sua esposa e sua amante com a mesma intensidade, uma intensidade indecente para a sociedade onde fora criado. Ele mesmo tinha noção disso.

Ian Curtis se enforcou no secador de roupas da sua casa aos 23 anos porque amava demais.

O amor mete medo!


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