quarta-feira, abril 14, 2004

Da série coisas depois dos trinta que me aborrecem

Depois de atravessar o animado vale dos vinte e poucos anos, você chega à planície dos trinta. Lá Honoré de Balzac já saúda as mulheres com uma historia traumática. Quando você sobrevive as tristes passagens da vida de Júlia d'Aiglemont, se depara com suas próprias mazelas.

Tudo bem, esse é mesmo um parágrafo introdutório dramático, mas é também dramático lidar com o estado civil de seus pretendentes. E é isso que aborrece a mulher de trinta.

Até os vinte e poucos a grande maioria é apenas solteira. Dez anos se passam e eles simplesmente viram casados, descasados, separados, divorciados, mal casados, 'migados' e outras denominações que não vêm ao caso. Em outras palavras fica impossível viver o presente sem ser cutucada pelo passado, afinal, ex-mulher é para todo o sempre.

Acha que acabou? Claro que não! Tem mais uma informação para ser adicionada à ficha de inscrição de pretendente em potencial. No novo formulário precisa constar um espaço para relacionar os dependentes. É isso ai amiga! Dependentes! Enquanto você estava ocupada nas salas de aula das universidades e cursos de pós-graduação, MBA e coisas assim, eles procriavam por aí. Agora resta a você, solteira em todos os sentidos, herdar uma família criada originalmente por outra.

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